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Preços dos hortifrútis sobem até 32% com inflação recorde

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve variação de 1,27% em janeiro de 2016, divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As maiores contribuições para a alta do IPCA partiram de ite

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.02.2016, 08:21:00 Editado em 27.04.2020, 19:53:08
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A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), teve variação de 1,27% em janeiro de 2016, divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As maiores contribuições para a alta do IPCA partiram de itens alimentícios, que variaram em média 2,28%, irritando os consumidores da região.

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A alta de preços dos alimentos foi a maior desde dezembro de 2002, quando subiu 3,91%. O grupo acumula em 12 meses crescimento maior que o IPCA, com alta de 12,90%. Os itens com variações mais expressivas novamente estão no setor de hortifrúti, que tem se tornado vilão constante da inflação.

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A cenoura teve a maior alta em janeiro, com 32,6%. O quilo do produto, que já custou abaixo de R$ 3, agora passa dos R$ 4,20. O tomate vem logo em seguida, com 27,3%, passando de R$ 4 para mais de R$ 6. A cebola ficou em terceiro, com 22% de alta, indo de R$ 4 para R$ 5. Esta última, inclusive, já figura há um certo tempo na lista de produtos com maior variação. Para se ter uma ideia, em 12 meses, a cebola acumula alta de 79,59%. A consumidora Malvina Martins conta que os preços têm variado bastante. “Fica difícil para o consumidor se programar. Os valores estão variando muito de um dia para o outro, assim como a qualidade dos produtos. Acaba valendo a pena pagar mais por um alimento de melhor qualidade, mas às vezes é preciso pensar bem antes de comprar”, avalia. 

O porteiro Gabriel Américo Filho diz que os preços acabam impossibilitando a compra de determinados produtos. “O tomate, para mim, é o pior de todos, por conta do preço alto e da qualidade não tão boa. Por causa disso, acabo não levando, mesmo querendo. O consumidor sofre com esses aumentos”. Comprador de uma rede de supermercados com unidades em Apucarana e Arapongas, Ademilto Molinari afirma que, como hortaliças em geral são mais sensíveis às condições climáticas, elas acabam tendo variações maiores de preço do que outros produtos. “Tivemos chuvas intensas em boa parte do país nos últimos meses, o que comprometeu as lavouras. 

Além de estragar os produtos, as chuvas fizeram com que os produtores não conseguissem plantar novas lavouras, atrasando a normalização dos preços e da qualidade dos alimentos”, destaca ele. Segundo Ademilto, os preços devem continuar altos. “Acredito que o panorama não deve se modificar muito pelo menos nos próximos dois meses. Para se ter uma ideia, a cenoura, por exemplo, deve ter seu preço normalizado apenas nos idos de abril”, ressalta. RECORDE A inflação em 2016 começou o ano mais alta do que em 2015, quando registrou variação de 1,24% em janeiro. 

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Em 12 meses, a inflação acumula uma variação de 10,71% – patamar superior ao que foi verificado no fim de 2015, quando registrou 10,67. A inflação registrada em janeiro foi a mais alta para um início do ano desde 2003, quando o IPCA teve uma variação de 2,25%. A inflação acumulada de 10,71% também é a mais elevada desde 2003, ano em que o indicador chegou a 11,02% no período de 12 meses, encerrado em novembro.

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