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Bolsa despenca quase 5% com petróleo e tombo no setor financeiro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira voltou a cair abaixo dos 40.000 pontos nesta terça-feira (2), guiada pelo novo tombo dos preços do petróleo no mercado externo. No cenário interno, a queda nas ações do setor financeiro pressionaram o Iboves

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.02.2016, 19:16:23 Editado em 27.04.2020, 19:53:14
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira voltou a cair abaixo dos 40.000 pontos nesta terça-feira (2), guiada pelo novo tombo dos preços do petróleo no mercado externo. No cenário interno, a queda nas ações do setor financeiro pressionaram o Ibovespa, principal índice acionário do país, que fechou a sessão em baixa de 4,87%, a 38.596 pontos.
O petróleo voltou a cair nesta terça e contagiou os principais mercados mundiais. O Brent (referência mundial para a commodity) recuou 4,38%, para US$ 32,74 o barril. Já o WTI (referência norte-americana) perdeu 5,31%, a US$ 29,94.
A Petrobras sofreu com a desvalorização de sua principal matéria-prima. As ações preferenciais (mais negociadas) recuaram 8,89%, para R$ 4,30; os papéis ordinários (com direito a voto) cederam 8,51%, para R$ 6,02.
Ainda no mercado interno, resultados do setor financeiro deram importante contribuição para a baixa do Ibovespa.
O Itaú Unibanco divulgou que seu lucro líquido nominal -que não desconta a inflação- subiu 15,4% em 2015 e alcançou R$ 23,36 bilhões. No ano anterior, o banco havia reportado lucro de R$ 20,242 bilhões. Apesar do resultado recorde, os segmento de empréstimos, principal negócio dos bancos, ficou estagnado, e a provisão contra calotes cresceu.
A recepção do mercado ao resultado foi ruim, e as ações do Itaú recuaram 8,71%, para R$ 23,35.
Já a Cielo reportou lucro líquido de R$ 899,17 milhões no quarto trimestre. Apesar da alta de 11,6% ante igual período de 2014, o número veio abaixo da projeção média de analistas consultados pela Reuters, de R$ 954 milhões. As ações da maior processadora de pagamentos eletrônicos recuaram 6,45%, para R$ 31,20.
Os papéis do Bradesco recuaram 4,14%, para R$ 17,85.
Também no radar do mercado está a missão de equipe da agência de classificação de risco Moody's no Brasil, iniciada nesta terça-feira. Em dezembro, a Moody's colocou a nota brasileira em revisão para rebaixamento. Standard&Poor's e Fitch retiraram o grau de investimento do Brasil no ano passado.
Já a fala da presidente Dilma Rousseff não teve efeito sobre os mercados nesta terça (2). Na volta do recesso parlamentar, a presidente pediu ao Congresso parceria para a retomada do crescimento. Foi, no entanto, vaiada ao pedir a aprovação da volta da CPMF e de outras medidas impopulares.
Durante a tarde desta terça (2), foi publicado no site do Senado relatório do senador Romero Jucá sobre a medida provisória 694, que suprime trecho referente à cobrança de imposto de renda sobre aplicações financeiras. O texto da MP apresentado em dezembro passado trazia mudanças nas alíquotas de imposto sobre a renda retido em fonte incidentes por ocasião do resgate e cobrança de IR em aplicações como letras de crédito imobiliário e do agronegócio, LCI e LCA, respectivamente, uma proposta do ex-ministro Joaquim Levy (Fazenda) para aumentar a arrecadação.
As Bolsas europeias também fecharam no negativo; as americanas operam em queda de mais de 1%.
DÓLAR
A moeda norte-americana voltou a subir nesta terça-feira após queda registrada no pregão anterior. Ainda assim, conseguiu se manter abaixo dos R$ 4. Em uma cesta de 22 moedas emergentes, apenas sete se valorizaram ante o dólar.
Em dias de maior volatilidade de mercados ou desvalorização de produtos importantes, como é o petróleo, investidores tendem a direcionar suas aplicações a mercados mais seguros, o que costuma fortalecer o dólar.
O dólar comercial (referência para o mercado financeiro) se valorizou em 0,65%, cotado a R$ 3,988, enquanto que o dólar à vista (referência para o mercado financeiro) teve alta de 0,37%, cotado a R$ 3,994.
JUROS
O mercado de juros futuros voltou a subir nesta terça. O contrato de DI para janeiro de 2017 avançou de 14,400% para 14,450%. Já o janeiro 2021 subiu de 15,620% para 15,890%.
Nesta segunda (1º), economistas ouvidos pelo Banco Central afirmaram esperar que a taxa básica de juros (Selic) deverá terminar o ano no atual patamar, 14,25%.

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