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BC indica que recessão e crise externa reduzem chances de alta de juros

EDUARDO CUCOLO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Banco Central avalia que a piora do cenário internacional e um crescimento menor da economia brasileira podem aumentar as chances de que a inflação caia para 4,5% em 2017. A afirmação faz parte da ata da últ

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2016, 09:37:23 Editado em 27.04.2020, 19:53:22
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EDUARDO CUCOLO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Banco Central avalia que a piora do cenário internacional e um crescimento menor da economia brasileira podem aumentar as chances de que a inflação caia para 4,5% em 2017.
A afirmação faz parte da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta quinta-feira (28). Na semana passada, em uma decisão polêmica, o BC decidiu manter os juros em 14,25% ao ano por um placar de seis votos a dois.
Para os diretores que votaram pela manutenção dos juros, a elevação das incertezas domésticas e, principalmente, externas, sobretudo mais recentemente, justifica continuar monitorando a evolução do cenário econômico "para, então, definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária".
Em relação aos riscos externos, o Copom cita, por exemplo, a preocupação com a economia chinesa e seus desdobramentos e com a evolução dos preços do petróleo.
Taxa básica de juros (Selic)
Sobre o Brasil, o comitê afirma que os indicadores disponíveis indicam "ritmo de expansão da atividade doméstica neste ano inferior ao previsto anteriormente". Diz ainda que os dados disponíveis confirmam intensificação do processo de piora no mercado de trabalho.
Para esses diretores, o efeito desses fatores sobre a inflação, combinado com os aumentos anteriores dos juros, "pode fortalecer o cenário de convergência da inflação para a meta de 4,5%, em 2017."
Outros dois diretores, no entanto, avaliaram que seria oportuno ajustar de imediato a taxa básica, "de modo a reduzir os riscos de não cumprimento dos objetivos do regime de metas para a inflação e reforçar o processo de ancoragem das expectativas inflacionárias".
O BC mandou ainda alguns pequenos sinais ao trocar algumas expressões utilizadas em seus documento. Antes, o comitê estava "especialmente vigilante". Agora, disse que ficará apenas "vigilante", o que indica predisposição menor de subir juros.
A instituição também disse que, em relação a 2016, trabalhará para deixar a inflação abaixo do limite de 6,5% e não mais para colocá-la "o mais próximo possível de 4,5%".
GASOLINA
No documento, o BC também afirma esperar mais pressões inflacionárias por causa do reajuste de preços controlados. A previsão de alta para tarifas e combustíveis neste ano passou de 5,9% para 6,3% desde novembro. Para 2017, projeta-se alta de 5%.
A projeção para 2016 considera reajuste médio nas tarifas de ônibus urbano de 8,9% e variação de 3,7% nos preços da energia elétrica, mantida a bandeira tarifária em vigor.
O BC também trabalha com o cumprimento da meta de superavit das contas públicas de 0,50% do PIB para 2016 e 1,30% do PIB para 2017, objetivos que, para o mercado, não devem ser atingidos.
De acordo com a ata, desde novembro, as suas projeções de inflação se elevaram, tanto para 2016 quanto para 2017, permanecendo acima de 4,5% neste ano e "ligeiramente acima" em 2017. O BC não divulga os números exatos. Nesse caso, a instituição considerou a manutenção dos juros no nível atual e um dólar de R$ 4.

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