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VINICIUS PEREIRA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O declínio dos preços do petróleo derrubou Bolsas pelo mundo todo nesta quarta-feira (21). Pior para a Petrobras, que amargou mais um dia de queda, puxando o principal índice acionário brasileiro para baixo.

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.01.2016, 18:32:22 Editado em 27.04.2020, 19:53:32
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VINICIUS PEREIRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O declínio dos preços do petróleo derrubou Bolsas pelo mundo todo nesta quarta-feira (21). Pior para a Petrobras, que amargou mais um dia de queda, puxando o principal índice acionário brasileiro para baixo.
O Ibovespa fechou em queda de 1,08%, aos 37.645 pontos. O giro financeiro foi de 5,246 bilhões.
Com os preços do seu principal produto em baixas históricas, na casa dos US$ 27, as ações da Petrobras desabaram durante o dia.
Enquanto a ação preferencial atingiu a mínima de R$ 4,26 às 13h53 (de Brasília), a ordinária teve sua mínima às 15h30, quando chegou a valer R$ 5,67.
No final, os papéis preferenciais, mais negociados e sem direito a voto, fecharam em queda de 4,93%, a R$ 4,43. As ações ordinárias se desvalorizaram em 3,57%, a R$ 5,93.
"O petróleo vem causando grande preocupação no mercado. Isso começou pela manhã na Ásia e a queda nas ações seguiu esses mercados", diz Pedro Galdi, analista de Whatscall.
Preocupações com a saúde do mercado chinês ainda afetaram as ações da Vale, que se mostrou volátil no pregão desta quarta.
Os papéis preferenciais da estatal se valorizaram em 1,27%, a R$ 6,95, enquanto as ordinárias subiram 0,32%, a R$ 9,21.
Além da Bolsa brasileira, os preços do petróleo também derrubaram índices europeus, americanos e asiáticos.
"As Bolsas afundaram no mundo todo, com o petróleo sendo o grande vilão mesmo", afirma Galdi.
As ações europeias tiveram queda com o principal índice europeu caindo para mínimas de 15 meses. O índice pan-europeu FTSEurofirst 300 caiu 3,30%, para 1.267 pontos, mínima desde outubro de 2014.
Os índices americanos em Wall Street também registravam forte queda.
O indicador Dow Jones caía 2,08%, a 15.681 pontos, enquanto o S&P 500 recuava 2,10%, a 1.841 pontos, enquanto o índice de tecnologia Nasdaq operava em baixa de 0,90%, a 4.437 pontos.
PETRÓLEO
Os preços do petróleo atingiram a mínima desde 2003, após a Agência Internacional de Energia, que aconselha países industrializados sobre política energética, alertar que os mercados de petróleo podem "se afogar em excesso de oferta" em 2016.
A commodity vem caindo consideravelmente desde que a Arábia Saudita e seus aliados do Golfo lideraram uma mudança na política da Opep em 2014 para defender participação de mercado contra os produtores que tem custos maiores, ao invés de cortar a oferta para sustentar os preços.
Somada a essa estratégia, o Irã, grande produtor do combustível, voltou à cena comercial após as sanções comerciais do país serem retiradas. A China também aparece nessa conta, dada a preocupação do mercado com uma possível desaceleração na economia do país.
Todos esses fatores fazem com que o mercado tenha uma alta drástica na oferta de petróleo, diminuindo o preço do produto.
O barril do Brent, negociado em Londres, caía 2,71%, para US$ 27,97, renovando as mínimas desde 2003.
O petróleo WTI, comercializado no mercado americano, valia US$ 26,55, se desvalorizando em 6,71%.
JUROS
As taxas de juros futuros de curto prazo caíam nesta quarta (20), com investidores apostando em uma alta menor que a prevista inicialmente para a taxa básica de juros (Selic).
O DI para fevereiro de 2016 caiu de 14,379% para 14,330%.
As taxas, que indicam a percepção de risco sobre a economia brasileira, operaram em direções distintas desde a tarde de terça (19).
Enquanto as de curto prazo registram queda, causada pela percepção de que o BC vai optar por um ritmo mais leve de alta da Selic, os juros de longo prazo têm forte alta.
O DI para janeiro de 2021 subiu de 16,640% para 16,800%.

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