SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O principal índice de ações do Brasil operava em alta nesta terça-feira (19), após a divulgação de dados da China aumentar a expectativa dos investidores acerca de um possível pacote para estimular o crescimento do país asiático.
Às 12h15 (de Brasília), o Ibovespa subia 1,44%, aos 38.484 pontos.
As ações da Petrobras, que voltaram aos níveis de 1999 na segunda (18), tentavam se recuperar na esteira de um possível aumento do apetite chinês por commodities.
Os papéis preferenciais da estatal, mais negociados e sem direito a voto, tinham alta de 3,33%, a R$ 4,97, enquanto que as ações ordinárias, com direito a voto, subiam 3,80%, a R$ 6,54.
Outra empresa que se beneficiava com os dados chineses era a Vale. As ações preferenciais da mineradora tinham alta de 6,04%, a R$ 7,37, enquanto que os papéis ordinários se valorizavam em 6,63%, a R$ 9,48.
CHINA AUMENTA EXPECTATIVA
A economia chinesa cresceu em 2015 no ritmo mais fraco em 25 anos, mas os mercados financeiros globais reagiram favoravelmente, sob expectativas de que Pequim combata a desaceleração com novos estímulos.
"Os dados da China apontam para uma desaceleração, mas gradual, que deve ser acompanhada de mais estímulos por parte das autoridades do país", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.
A recuperação dos preços do petróleo, após atingirem as mínimas em 12 anos, também contribuía para alimentar o apetite por risco.
Os preços do petróleo iniciaram a terça (19) voláteis, mas ainda operavam abaixo dos US$ 30.
O tipo Brent subia 2,52%, a US$ 29,27, enquanto que o WTI tinha queda de 0,41%, a US$ 29,28.
BRASIL CONTINUA INCERTO
Operadores ressaltavam, porém, que as perspectiva para o mercado brasileiro continuam difíceis, em meio a incertezas sobre o cenário político e econômico local.
Nesta manhã, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, alimentou as dúvidas do mercado ao aumentar as chances de que o Banco Central promova um aumento menor dos juros básicos ou até mesmo deixe-os inalterados.
"Não dá para operar pensando no médio prazo. O mercado está preso no curtíssimo prazo", disse o operador de uma corretora internacional.
DÓLAR
O dólar operava próximo a estabilidade ante o real na manhã desta terça (19), após os dados sobre da China.
O mercado também está atento quanto a uma alta menor do que a prevista na alta da taxa básica de juros (Selic) no Brasil.
Às 12h10 (de Brasília), o dólar à vista, referência no mercado financeiro, se desvalorizava em 0,01%, a R$ 4,031 na venda. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, tinha queda de 0,04%, a R$ 4,034
O Banco Central brasileiro realizou na manhã desta terça (19) mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos.
Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a US$ 6,762 bilhões, ou cerca de 65% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.01.2016, 12:48:09 Editado em 27.04.2020, 19:53:35
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