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Dólar fecha em alta após fragilidade chinesa derrubar preço do petróleo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar fechou em alta sobre o real e outras moedas emergentes nesta segunda-feira (11), com preocupações em relação ao crescimento chinês derrubando o preço do petróleo para níveis não vistos desde 2003. Um novo sinal de fra

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 11.01.2016, 18:36:50 Editado em 27.04.2020, 19:53:44
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar fechou em alta sobre o real e outras moedas emergentes nesta segunda-feira (11), com preocupações em relação ao crescimento chinês derrubando o preço do petróleo para níveis não vistos desde 2003.
Um novo sinal de fragilidade da economia chinesa elevou a aversão ao risco entre os investidores, que procuraram por aplicações consideradas mais seguras, como o dólar, pressionando o câmbio e derrubando o principal índice da Bolsa brasileira para o menor nível desde 2009.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve alta de 0,23%, para R$ 4,046 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, subiu 0,29%, a R$ 4,052.
Ambas as cotações chegaram a cair pela manhã e atingiram mínimas na casa de R$ 4, com apostas de aumento de juros no Brasil. Lá fora, o dólar teve alta sobre 16 das 24 principais moedas emergentes do mundo.
O Banco Central do Brasil deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem.
A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 566,2 milhões.
CHINA
O índice de preços ao produtor da China recuou em dezembro em ritmo um pouco mais acelerado do que o mercado previa, reforçando o pessimismo sobre a desaceleração da segunda maior economia do mundo.
A notícia ofuscou o avanço dos preços ao consumidor chinês, que ficaram em linha com o esperado no último mês de 2015. Também ficou em segundo plano a valorização o yuan frente ao dólar na sessão.
Na semana passada, o banco central da China havia permitido a desvalorização da moeda chinesa sobre a divisa dos EUA, o que levantou dúvidas sobre se a autoridade chinesa estaria provocando uma guerra cambial.
A economia da China é uma das principais compradoras de matérias-primas do mundo, por isso os preços das commodities caíram na sessão.
O barril de petróleo tipo Brent (negociado em Londres e referência no setor), por exemplo, afundou mais de 6% no dia, para menos de US$ 32.
JUROS
Declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na última sexta-feira (8) contribuíram para reforçar as apostas na retomada do ciclo de aperto monetário na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 19 e 20 deste mês.
Uma taxa de juros mais alta tende a atrair mais investidores estrangeiros para o mercado brasileiro, ampliando a oferta de dólares no país e reduzindo a pressão sobre o câmbio, por isso a moeda americana começou o dia em baixa sobre o real.
Em carta ao ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, para justificar o estouro do teto da meta de inflação em 2015, Tombini reforçou que o BC vai tomar as "medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas, ou seja, circunscrever a inflação aos limites estabelecidos pelo CMN [Conselho Monetário Nacional], em 2016, e fazer convergir a inflação para meta de 4,5% em 2017".
No mercado de juros futuros, os contratos fecharam majoritariamente em alta na BM&FBovespa. O DI para fevereiro de 2016 subiu de 14,328% para 14,355%, enquanto o DI para abril deste ano avançou de 14,660% a 14,691%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 16,350%, ante 16,340% na sessão anterior.
AÇÕES
O principal índice da Bolsa brasileira acompanhou a queda dos mercados acionários europeus e americanos e fechou a segunda-feira no vermelho.
O Ibovespa recuou 1,63%, a 39.950 pontos. É a pontuação mais baixa do índice desde quando fechou aos 39.510 pontos, em 17 de março de 2009.
O volume financeiro foi de R$ 4,9 bilhões -pouco abaixo da média diária de 2016, de R$ 5,1 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa.

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