SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - As empresas vão ter mais dificuldade de repassar custos aos consumidores e, com isso, devem contribuir para o recuo da inflação nos primeiros meses de 2016, afirma Manuel Enriquez García, presidente do Corecon-SP (Conselho Regional de Economia de São Paulo) e da Ordem dos Economistas do Brasil.
Esse deve ser o principal fator de influência para a desaceleração do IPCA --índice oficial de inflação-- no trimestre, mesmo considerando a possível alta de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic) em janeiro, até 14,75% ao ano.
O IPCA encerrou o ano passado a 10,67%, a maior escalada desde 2002. E neste ano também deve ficar acima do teto da meta estipulada pelo BC, que é de 4,5%, com dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Para Enriquez García, a falta de confiança que afeta o brasileiro contribuirá para o recuo do IPCA. Sem previsibilidade, o consumo diminui e o índice tende a retornar para o objetivo fixado pelo Banco Central.
Diante desse cenário de inflação persistente, o consumidor deve cortar gastos e evitar o uso de meios caros de financiamento, como o cartão de crédito. Ele recomenda ainda que o pequeno investidor mantenha o dinheiro na poupança, diante da dificuldade que teria de obter taxas atrativas em um banco se tentasse aplicar poucos recursos.
Escrito por Da Redação
Publicado em 09.01.2016, 20:41:37 Editado em 27.04.2020, 19:53:46
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