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Com China, dólar tem nova alta e Bolsa se mantém no menor nível desde 2009

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Preocupações com a economia da China impulsionaram o dólar pelo segundo dia nesta quinta-feira (7) e derrubaram o principal índice da Bolsa brasileira, que se manteve em seu menor nível desde 2009. O novo tombo em torno de 7

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.01.2016, 19:10:21 Editado em 27.04.2020, 19:53:48
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Preocupações com a economia da China impulsionaram o dólar pelo segundo dia nesta quinta-feira (7) e derrubaram o principal índice da Bolsa brasileira, que se manteve em seu menor nível desde 2009.
O novo tombo em torno de 7% nas Bolsas chinesas reforçou avaliações de que a segunda maior economia do mundo pode estar em desaceleração mais intensa do que previam os analistas.
A tensão motivou o banco central chinês a permitir que o yuan se desvalorizasse ainda mais contra o dólar, reforçando a tese de que Pequim estaria alimentando uma guerra cambial.
A China é um dos principais parceiros comerciais do Brasil e serve de referência para investidores em mercados emergentes, por isso algumas moedas desses países também se desvalorizaram na sessão.
A autoridade chinesa também anunciou a suspensão do mecanismo automático de suspensão das Bolsas -o chamado "circuit breaker"- em caso de movimentos bruscos.
Ele foi acionado duas vezes nesta semana, incluindo a sessão desta quinta-feira (7), quando as Bolsas daquele país afundaram mais de 7%.
"O mercado ficou assustado principalmente com a rapidez da queda nas Bolsas chinesas. A suspensão do 'circuit breaker' trouxe certo alívio aos demais mercados globais, e amenizou as baixas nos preços das commodities no fim do dia", disse Paulo Gomes, economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management.
"A interrupção é muito ruim. Um investidor vê que o mercado está derretendo, por exemplo, corre para vender seus papéis, mas a Bolsa está fechada. Ele irá se desfazer das ações a qualquer preço no momento em que as negociações abrirem no dia seguinte, acelerando a baixa dos índices", completou.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em alta de 0,70%, para R$ 4,046 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, avançou 0,79%, a R$ 4,054. É o maior valor desde 29 de setembro de 2015, quando era cotado em R$ 4,059.
Ambas as cotações (dólar à vista e dólar comercial) atingiram máximas na casa de R$ 4,07 nesta quinta-feira. Além do real, o dólar também ganhou força sobre outras 14 moedas emergentes, como o rand sul-africano, o peso mexicano, o peso colombiano e o peso chileno.
O Banco Central do Brasil deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 568,1 milhões.
Internamente, o mercado seguiu com expectativa de que o governo brasileiro vai priorizar o retorno do crescimento econômico, o que limitaria o espaço para mais altas da taxa básica de juros, a Selic.
A queda de 2,4% da produção industrial do Brasil em novembro do ano passado, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, corroborou essa aposta.
Com isso, os juros futuros de curto prazo fecharam majoritariamente em queda na BM&FBovespa. Os contratos com prazos mais longos, porém, subiram.
O DI para março de 2016 caiu de 14,450% para 14,445%. Já o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 16,280%, ante 16,110% na sessão anterior.
BOLSA DERRETE
A tensão na China derrubou os preços das commodities no cenário internacional e, com isso, afundou as ações de grandes produtores de matérias-primas nesta quinta-feira.
O principal índice de ações do Brasil fechou em queda de 2,58%, para 40.694 pontos. É a menor pontuação desde 30 de março de 2009, quando estava em 40.653 pontos. O volume financeiro foi de cerca de R$ 6 bilhões.
Os papéis preferenciais da Petrobras, mais negociados e sem direito a voto, perderam 2,18%, a R$ 6,26. É o menor valor desde 23 de junho de 2003, quando valiam R$ 6,201.
Já as ações ordinárias da estatal, com direito a voto, recuaram 2,85%, a R$ 7,83. É o menor valor desde 28 de setembro de 2015, quando valiam R$ 7,67.
O movimento seguiu a baixa no preço do barril de petróleo do tipo Brent, negociado em Londres e referência no setor, que chegou a ser negociado abaixo de US$ 33 nesta quinta-feira, no menor valor em mais de onze anos.
A mineradora Vale também fechou no vermelho, diante da queda no preço do minério de ferro negociado no mercado à vista da China. O país asiático é o principal destino das exportações da companhia brasileira.
A ação preferencial da Vale cedeu 5,90%, para R$ 8,61. É o menor valor desde 26 de setembro de 2003, quando valia R$ 8,583. O papel ordinário da mineradora caiu 5,94%, a R$ 10,91, no menor valor desde 10 de maio de 2004, quando valia R$ 10,833.
As ações de bancos também registraram perdas nesta quinta-feira, intensificando o desempenho negativo do Ibovespa. Este é o setor com a maior participação dentro do índice.
O Itaú recuou 1,90%, enquanto o Bradesco teve baixa de 2,02% e o Santander de 2,76%. Já o Banco do Brasil mostrou desvalorização de 2,37% na sessão.

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