MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Dólar comercial sobe para R$ 3,82 com cenário político e baixo volume

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Incertezas políticas voltaram a pressionar o mercado financeiro nesta sexta-feira (27), dia marcado pelo baixo volume de negócios devido ao fechamento antecipado das Bolsas em Nova York por causa do feriado do Dia de Ações de

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.11.2015, 18:45:03 Editado em 27.04.2020, 19:54:43
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Incertezas políticas voltaram a pressionar o mercado financeiro nesta sexta-feira (27), dia marcado pelo baixo volume de negócios devido ao fechamento antecipado das Bolsas em Nova York por causa do feriado do Dia de Ações de Graças na véspera.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em alta de 1,30%, para R$ 3,797 na venda. Na semana, houve valorização de 1,70%. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, subiu 2,05% na sessão e 2,58% na semana, para R$ 3,824.
Os investidores seguiram cautelosos após a prisão do ex-líder do governo no Senado Federal, Delcídio do Amaral (PT-MS), no âmbito da operação Lava Jato da Polícia Federal. O governo vem se mobilizando para tentar evitar que o acontecimento impeça a aprovação da nova meta fiscal, que deve ser votada em sessão do Congresso Nacional na terça-feira (1º).
O agravamento da crise política fez a presidente Dilma Rousseff cancelar nesta sexta-feira sua viagem para o Japão e ao Vietnã. A presidente vai baixar ainda nesta sexta (27) um decreto bloqueando cerca de R$ 10 bilhões para evitar questionamentos jurídicos do TCU (Tribunal de Contas da União).
A aversão ao risco no exterior também contribuiu para a valorização do dólar na sessão. O movimento ocorreu em meio a informações de que as autoridades regulatórias da China aprofundaram investigações de supostas violações das normas financeiras por corretoras naquele país.
Entre as 24 principais moedas emergentes do mundo, o dólar ganhou força sobre 20, nesta sexta-feira. A moeda americana também subiu em relação a todas as dez mais importantes divisas globais nesta sessão, entre elas o iene, o euro e o franco suíço.
O Banco Central deu continuidade nesta sessão aos seus leilões diários de swaps cambiais para estender os vencimentos de contratos que estão previstos para o mês que vem. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 587,2 milhões.
No mercado de juros futuros, os principais contratos acompanharam o cenário de tensão no câmbio e fecharam majoritariamente em alta na BM&FBovespa. O DI para janeiro de 2016 subiu de 14,153% para 14,155%, enquanto o DI para janeiro de 2021 apontou taxa de 15,910%, ante 15,620% na sessão anterior.
AÇÕES EM QUEDA
O Ibovespa tombou 2,70% no dia, para 45.872 pontos. É a menor pontuação desde 30 de outubro, quando estava em 45.868 pontos. Na semana, houve baixa de 4,71%. O volume financeiro foi de R$ 5,5 bilhões nesta sexta-feira -um pouco abaixo da média diária no mês, de R$ 6 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa.
O comportamento do Ibovespa acompanhou a baixa registrada nos mercados acionários da Ásia e da Europa nesta sexta. Nos EUA, os principais índices fecharam perto da estabilidade, em uma sessão mais curta.
As ações preferenciais da Vale, mais negociadas e sem direito a voto, perderam 5,78%, para R$ 11,08 cada um. Já as ordinárias, com direito a voto, tiveram desvalorização de 6,27%, a R$ 13,30.
A mineradora anunciou nesta sexta-feira (27) a criação de um fundo, em parceria com a BHP, para a recuperação do rio Doce, atingido pela lama que vazou após o rompimento de barragem de rejeitos da Samarco, em Mariana (MG). A companhia não informou, porém, quanto investirá no projeto.
As ações da Bradespar, que possui participação na Vale, lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com desvalorização de 7,50%, para R$ 5,55.
Também no vermelho, as ações preferenciais da Petrobras recuaram 4,04%, para R$ 7,60, enquanto as ordinárias tiveram perda de 3,81%, a R$ 9,33. Os bancos, segmento com maior peso dentro do índice, também cederam, e ajudaram a sustentar a baixa do Ibovespa. Itaú caiu 2,65%, enquanto Bradesco recuou 3,67% e o Banco do Brasil, 3,14%.
Entre as 63 ações do Ibovespa, apenas quatro fecharam a sexta-feira no azul. A petroquímica Braskem subiu 1,14%, enquanto a empresa de energia Cesp ganhou 1,07% e as produtoras de celulose Suzano e Fibria subiram 0,63% e 0,62%, respectivamente.
Fora do Ibovespa, as units (conjuntos de ações) do banco BTG Pactual fecharam esta sessão com perda de 3,59%, para R$ 22,85. As ações da rede de drogarias Brasil Pharma, cujo maior acionista é o BTG Pactual, tombaram 1,91%, para R$ 15,89 cada uma.
Os papéis continuam sendo afetados negativamente pela prisão, na última quarta-feira (25), do presidente do BTG, André Esteves, no âmbito da operação Lava Jato da Polícia Federal.

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Dólar comercial sobe para R$ 3,82 com cenário político e baixo volume"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!