ISABEL VERSIANI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A queda dos investimentos estrangeiros no setor produtivo brasileiro desacelerou ligeiramente em setembro, mas no ano o fluxo segue mais de 30% abaixo do verificado no mesmo período de 2014.
No mês passado, o país recebeu US$ 6,0 bilhões em investimentos diretos. Apesar de ter superado os US$ 4 bilhões projetados pelo Banco Central, o dado representou uma queda de 23% em relação a setembro de 2014.
No ano, os investimentos somam US$ 48,2 bilhões, com queda de 34%. Até agosto, esse recuo era de 36%.
O Banco Central atribui o menor patamar de investimentos à desaceleração econômica e a entraves impostos à atividade por fatores como os desdobramentos da Operação Lava Jato e o risco de falta de energia no início do ano.
Ao divulgar os dados nesta sexta-feira (23), o chefe-adjunto do Departamento Econômico do BC, Fernando Rocha, frisou, no entanto, que os investimentos têm se mantido relativamente estáveis nos últimos meses e em patamar suficiente para cobrir, com folga, o deficit nas transações do país com o resto do mundo.
"É importante porque essa é uma fonte de longo prazo, mais estável, de financiamento", afirmou. Os investimentos estrangeiros em renda fixa caíram mais de 50% no ano, enquanto as aplicações em ações tiveram queda de 24%.
O chamado deficit em transações correntes do Brasil tem caído como resultado do esfriamento da economia e da alta do dólar, que reduz a demanda por bens e serviços importados. Esse recuo reduz a dependência do país de capitais externos.
Até setembro, o deficit somou US$ 49,4 bilhões, 33% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.10.2015, 17:19:02 Editado em 27.04.2020, 19:55:34
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