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Ex-empresa de Eike é estrela de leilão marcado por ausência da Petrobras

LUCAS VETTORAZZO E NICOLA PAMPLONA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Parnaíba Gás Natural, empresa que se chamava OGX-Maranhão e que já pertenceu à Eike Batista, foi a principal arrematante de blocos de exploração de petróleo e gás da primeira metade d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.10.2015, 13:02:49 Editado em 27.04.2020, 19:56:01
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LUCAS VETTORAZZO E NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Parnaíba Gás Natural, empresa que se chamava OGX-Maranhão e que já pertenceu à Eike Batista, foi a principal arrematante de blocos de exploração de petróleo e gás da primeira metade da 13ª rodada de licitações da ANP, que ocorre nesta quarta-feira (7), no Rio.
A primeira parte do leilão foi marcada por pouca disputa, muitas áreas sem ofertas e ausência da Petrobras, tradicional compradora de blocos em rodadas da ANP.
O leilão irá oferecer 266 blocos, em 10 bacias sedimentares. Até às 11h50, apenas 17 dos 119 blocos tinham sido comprados. Pelos menos quatro bacias foram completamente rejeitadas: Camamu-Almada, Espírito Santo, Campos e Amazonas.
A bacia do Parnaíba, com blocos em terra e reservas de gás natural, foi a que mais teve disputa e foi onde a antiga empresa de Eike se destacou.
Os blocos arrematados pela Parnaíba Gás Natural estão localizados próximos de onde a OGX Maranhão já havia adquirido áreas na 11ª Rodada. Com a derrocada das empresas de Eike Batista, a empresa mudou de nome no final de 2013.
Os atuais sócios da empresa são o Fundo Cambuhy, controlado pela família Moreira Salles, a Eneva (antiga MPX, controlada atualmente pela alemã E.On), e uma participação minoritária dos antigos controladores da OGX.
A OGX Maranhão era uma empresa co-irmã da petroleira OGX, criada somente para explorar gás no estado nordestino.
Foram ofertados 22 blocos na Bacia do Parnaíba, dos quais 11 foram adquiridos. Desse total, sete blocos foram arrematados pela Paranaíba Gás Natural, sozinha ou em consórcio com outras empresas.
Em dois lotes, a empresa foi líder em consórcio formado com a BPMG, empresa controlada pelo banco BTG, que arrematou, como majoritária em consórcio com a parceira, de mais um lote.
A Parnaíba adquiriu ainda outros dois blocos com 100% de participação, e outros dois com participação da empresa francesa de energia elétrica GDF Suez.
A Ouro Preto Petróleo, empresa de Rodolfo Landim, que foi parceiro de Eike na criação da OGX, também arrematou dois blocos na região.
A Bacia do Parnaíba gerou uma arrecadação com bônus de assinatura, que é o valor pago pelas empresas pelo direito de exploração, de R$ 14,9 milhões -R$10,7 milhões pelo primeiro lote de blocos e R$ 4,2 milhões pelo segundo lote. O valor superou a expectativa de arrecadação com o bônus mínimo, de R$ 14,6 milhões.
SEM OFERTAS
O leilão foi marcado por bacias inteiras sem ofertas. Não houve interesse dos investidores nas bacias de Camamu-Alamada, no mar da Bahia, e do Espírito Santo.
A Bacia de Potiguar, no Rio Grande do Norte, teve pouca disputa. Dos 71 blocos ofertados no mar, apenas seis foram arrematados, quatro deles pela UTC Exploração e Produção.
Em seguida foram ofertados blocos na Bacia de Campos e na Bacia do Amazonas, sem interessados.
A Petrobras, que é presença garantida nos leilões de petróleo e que costuma adquirir áreas, em consórcio ou sozinha, não apresentou proposta para nenhuma área. A estratégia bate com a informação, publicada nesta quarta pela Folha de S.Paulo, de que a empresa irá reduzir seus investimentos em exploração de petróleo, fase inicial do desenvolvimento dos campos de petróleos.

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