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Rodada de licitação de áreas de petróleo começa com protestos no Rio

NICOLA PAMPLONA E LUCAS VETTORAZZO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A 13ª rodada de licitações de áreas para exploração de petróleo no país começou nesta quarta-feira (7) com protestos de petroleiros e de comunidades indígenas, ambientalistas e agricult

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.10.2015, 10:32:27 Editado em 27.04.2020, 19:56:01
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NICOLA PAMPLONA E LUCAS VETTORAZZO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A 13ª rodada de licitações de áreas para exploração de petróleo no país começou nesta quarta-feira (7) com protestos de petroleiros e de comunidades indígenas, ambientalistas e agricultores.
Enquanto do lado de fora do evento lideranças sindicais se manifestavam contra a "entrega das riquezas brasileiras às multinacionais", dentro um grupo de representantes indígenas e de movimentos ambientais questionavam os impactos da exploração de petróleo no Paraná, em São Paulo e no Acre.
"Não invistam em fraturamento hidráulico para a exploração de gás não convencional no Brasil. Do contrário, terão dezenas de ações públicas e nós, agricultores, contra vocês. Jamais aceitaremos silenciosamente a exploração de qualquer modelo de exploração não convencional pois primamos por nossas vidas", disse o representante do movimento Não Fracking Brasil, Juliano Bueno de Araújo, em discurso antes da abertura da rodada.
Fracking é o nome em inglês para fraturamento hidráulico, tecnologia que consiste na injeção de água com produtos químicos em altas pressões para fraturar o subsolo e permite a exploração de reservas não convencionais de petróleo e gás.
"Em nome da Articulação dos Povos Indígenas, eu venho aqui também para dizer não ao fracking", disse Kretã Kaingang. Estavam presentes representantes das etnias Kaingang, Terena e Guarani.
A preocupação refere-se a áreas licitadas na 12ª rodada de licitações, em 2013, que teve áreas com foco em reservas não convencionais no Paraná e no Acre. Os manifestantes questionam o risco de contaminação de lençóis freáticos pelos produtos químicos usados no fraturamento.
"Estamos solidários com os indígenas e dizemos não aos leilões do petróleo, que consideramos um crime lesa pátria", falou o representante dos petroleiros, Emanuel Cancella. A categoria realiza protestos antes dos leilões da ANP desde a primeira rodada de licitações, em 1999.
Ao contrário de rodadas anteriores, porém, desta vez os manifestantes puderam discursar na sala onde será realizado o leilão, com autorização da diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard.
Neste leilão, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) oferece 266 blocos exploratórios em 10 bacias sedimentares brasileiras.
"Nesta rodada estamos persistindo na direção da exploração de gás em terra e também em bacias maduras para empresas de menor porte", disse a diretora-geral da ANP, em seu discurso de abertura.
A expectativa do mercado é de grande disputa pelas bacias de Sergipe Alagoas, onde a Petrobras fez importantes descobertas nos últimos anos, e Parnaíba, que tem grande potencial para descobertas de gás natural.
Áreas maduras, como as bacias potiguar (RN) e Recôncavo (BA), podem atrair o interesse de empresas de menor porte interessadas em ampliar o portfólio.

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