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Bolsa tem quinta alta e dólar encosta em R$ 3,90 com ajuda do exterior

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O principal índice da Bolsa brasileira fechou esta segunda-feira (5) em alta pelo quinto dia seguido, acompanhando o bom humor externo, após dados do mercado de trabalho americano divulgados na última sessão terem alimentado e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.10.2015, 18:05:01 Editado em 27.04.2020, 19:56:04
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O principal índice da Bolsa brasileira fechou esta segunda-feira (5) em alta pelo quinto dia seguido, acompanhando o bom humor externo, após dados do mercado de trabalho americano divulgados na última sessão terem alimentado expectativas de aumento de juros apenas em 2016 nos Estados Unidos. A menor aversão ao risco também reduziu a pressão sobre o câmbio, e o dólar caiu para perto de R$ 3,90.
Segundo analistas, o aperto monetário americano retiraria investimentos de países como o Brasil, por isso a expectativa de que ele demorará mais para acontecer tem efeito positivo sobre os mercados. Antes dos dados de sexta-feira, que mostraram redução nas contratações e queda nos salários nos EUA em setembro, as apostas eram de aumento do juro americano até dezembro deste ano.
O Ibovespa subiu 1,20%, para 47.598 pontos. Foi a quinta alta consecutiva do índice, na maior sequência positiva desde agosto de 2014. No exterior, os principais mercados acionários europeus ganharam mais de 2%, enquanto em Nova York as Bolsas subiram entre 1,5% e 1,9%.
A menor aversão ao risco reduzia a pressão sobre o mercado de câmbio, que caiu pelo segundo dia e foi ao menor nível em duas semanas. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, recuou 1,33%, para R$ 3,916 na venda. Já o dólar comercial, utilizado em transações de comércio exterior, caiu 1,11%, para R$ 3,902.
Por isso, o Banco Central não anunciou para esta segunda (5) outra atuação além de ter dado continuidade aos seus leilões diários para estender os vencimentos de contratos de swaps cambiais que estão previstos para o próximo mês. A operação, que equivale a uma venda futura de dólares, movimentou US$ 512,8 milhões.
No mercado de juros futuros, as taxas dos contratos de DI fecharam com sinais opostos. O papel para janeiro de 2016 cedeu de 14,540% para 14,484%, enquanto o DI para janeiro de 2021 subiu para 15,260%, ante 15,200% na sessão anterior.
ÂNIMO
"Além da expectativa mais otimista para a política monetária dos EUA, dados fracos da economia chinesa divulgados recentemente ampliaram a expectativa de que o governo da China possa anunciar novas medidas de estímulo naquele país, o que também alimentou o otimismo do investidor nesta segunda-feira", disse Lauro Vilares, analista da Guide Investimentos.
Para Vilares, porém, o mercado segue alerta em relação ao cenário político brasileiro. "Está bem agitado. Nesta semana está prevista a votação de vetos presidenciais da chamada pauta-bomba, especialmente o que se refere ao reajuste do Judiciário, e isso deve se manter no foco do mercado", disse.
"Se houver um desfecho não favorável ao governo, a Bolsa pode 'pesar' bastante. Por enquanto, a presidente Dilma Rousseff ganhou uma 'sobrevida' e as discussões sobre impeachment foram jogadas um pouco mais para frente, com uma ligeira tranquilidade no mercado", completou Vilares.
"Com uma base aliada um pouco maior, a expectativa é que haja manutenção dos vetos presidenciais nesta terça-feira (6), o que beneficia o balanço das contas públicas. Mas isso traz um alívio somente de curtíssimo prazo, já que as incertezas políticas continuam grandes e o cenário econômico, ruim", disse Ricardo Kim, analista-chefe da XP Investimentos.
"Mesmo com a reforma ministerial, por exemplo, será difícil o governo conseguir convencer o Congresso a passar a volta da CPMF [Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira]. Na questão estrutural, o corte de gastos anunciado pelo governo até agora não foi muito expressivo", completou Kim. "A semana ainda terá a ata da última reunião de política monetária do BC americano, que deve influenciar o mercado."
As ações preferenciais da Petrobras, mais negociadas e sem direito a voto, subiram 0,64%, para R$ 7,82 cada uma. As ordinárias, com direito a voto, ganharam 2,73%, para R$ 9,40. O movimento foi amparado na alta do petróleo no mercado internacional.
Os papéis da mineradora Vale também fecharam no azul: os preferenciais subiram 1,59%, a R$ 14,69, enquanto os ordinários avançaram 1,80%, para R$ 18,14 cada um. Expectativa de estímulos na China estimularam o avanço da companhia -o país asiático é o principal destino das exportações da Vale.
O setor bancário deu força ao Ibovespa. Este é o setor com maior peso dentro do índice. O Itaú Unibanco subiu 2,11%, enquanto a ação preferencial do Bradesco ganhou 2,93% e o Banco do Brasil teve valorização de 1,51%.

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