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Para ministro de Minas e Energia, dólar alto é 'desafio para Petrobras'

JULIA BORBA BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) disse nesta quarta-feira (23) que a disparada do dólar é "sem dúvida um desafio para a Petrobras". Braga acredita que a moeda deva sofrer uma "acomodação" no próximos di

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.09.2015, 15:32:27 Editado em 27.04.2020, 19:56:23
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JULIA BORBA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia) disse nesta quarta-feira (23) que a disparada do dólar é "sem dúvida um desafio para a Petrobras".
Braga acredita que a moeda deva sofrer uma "acomodação" no próximos dias, assim que o mercado "perceber" que matérias importantes estão sendo votadas no Congresso.
A dívida da estatal é afetada pela valorização da moeda americana e também pela desvalorização do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
"O volume de endividamento da Petrobras é em dólar. Até menos de três meses atrás o barril era quase 70 dólares e hoje não chega a 50", afirmou. "Então isso impacta a Petrobras e isso é um desafio para ela, mas como eu tenho dito a Petrobras tem números robustos. E estamos bastante confiantes de que haverá uma acomodação [da moeda], principalmente a partir do momento em que o mercado perceber que estamos conseguindo votar matérias importantes da dita 'pauta bomba' no Congresso Nacional".
Segundo ele, o governo conseguiu resolver de 80% a 90% dessas principais pendências no Congresso. "Ficaram pouquíssimos vetos ainda para ser discutidos. Claro que tem um ainda que é central, que é a questão do judiciário. Mas tivemos uma grande sinalização ontem para o mercado", acrescentou.
Ainda hoje a moeda americana voltou a subir e atingiu um novo patamar máximo, de R$ 4,13.
ARRECADAÇÃO
Sobre a possibilidade do governo conseguir, ainda este ano -em meio a um cenário de crise, especialmente no setor elétrico-, levantar R$ 11 bilhões com a concessão de usinas hidrelétricas em um leilão marcado para outubro, Braga disse que também está otimista.
"A procura tem sido grande. Tanto do capital nacional quanto estrangeiro e estamos conversando com os principais interessados, que são Cemig, Cesp e Copel", explicou.
"Não fizemos essa resolução sem plano. Fizemos escutas e conversas para [chegar a] essa modulação de R$ 11 bilhões esse ano e de mais R$ 6 bilhões, aproximadamente, ano que vem. Portanto R$ 17 bilhões."
O presidente da Cemig, Mauro Borges, também disse nesta quarta-feira, em Brasília, que a empresa pretende entrar na disputa por todas as usinas que pertenciam ao grupo.
Ao todo, são 18 hidrelétricas na mira da empresa. O equivalente a mais de R$ 2,2 bilhões com o pagamento de outorgas.
Quando perguntado por jornalistas sobre a urgência da liberação desses valores para cobrir o atual buraco nas contas públicas, o ministro brincou: "Há divergências sobre essa questão do rombo".
Braga deveria ter se encontrado às 11h com o ministro da Fazenda (Joaquim Levy), mas foi chamado para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto.
O ministro de Minas e Energia não divulgou qual seria a pauta da reunião no Palácio e também não respondeu perguntas sobre a crise no governo. "Não há crise no Planalto", disse de forma breve.
O ministro da Fazenda Joaquim Levy chegou há pouco ao Ministério de Minas e Energia onde aguarda a volta de Braga para dar início a reunião.

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