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Inflação acumulada em 12 meses chega a 9,56%, a maior desde 2003

BRUNO VILLAS BÔAS RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Com o impacto menor do reajuste dos jogos de azar e um efeito favorável dos preços do setor de vestuário, a inflação oficial desacelerou para 0,62% na passagem de junho para julho, informou o IBGE nesta

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Inflação acumula alta de 9,56% em 12 meses, maior taxa desde 2003 - Imagem: Reprodução
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Inflação acumula alta de 9,56% em 12 meses, maior taxa desde 2003 - Imagem: Reprodução
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.08.2015, 09:27:00 Editado em 27.04.2020, 19:57:38
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BRUNO VILLAS BÔAS
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Com o impacto menor do reajuste dos jogos de azar e um efeito favorável dos preços do setor de vestuário, a inflação oficial desacelerou para 0,62% na passagem de junho para julho, informou o IBGE nesta sexta-feira (7). Em junho, o IPCA havia sido de 0,79%.

Apesar da desaceleração da taxa do mês, a inflação acumulada em 12 meses manteve sua trajetória de alta, para 9,56%. É o maior pico desde novembro de 2003 (11,02%).

Os valores estão em linha com a expectativa de economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que esperavam um IPCA de 0,6% na passagem de junho para julho e de 9,53% em 12 meses.

A taxa de 12 meses aumentou porque a inflação de julho é alta para os padrões do mês. Em julho do ano passado, o índice de preços havia sido de apenas 0,01%.

Flávio Serrano, do Banco Espírito Santo, diz que a inflação de julho foi de 0,02% na média dos últimos seis anos.

"É um mês do ano em que geralmente temos mais deflação, por causa da desaceleração de alimentos e poucos reajustes de tarifas", disse Serrano.

No ano, a inflação chegou a 6,83%, a maior taxa para o período desde 2003 (6,85%). Em sete meses, já supera o aumento dos preços de todo o ano passado (6,41%).

Neste ano, o IPCA sentiu o choque do reajuste das tarifas reguladas pelo governo, como energia elétrica, água e esgoto, transporte, combustíveis e loteria.

O dólar mais caro e o preço dos alimentos -que não cederem em meados do ano, como de costume- também ajudaram a acelerar a inflação ao longo deste ano.

PROJEÇÃO
A expectativa é que a inflação se mantenha alta até o fim do ano. Os economistas consultados pelo Banco Central, no Boletim Focus, preveem o índice de preços oficial do país em em 9,25% em 2015.
Isso significa que a inflação vai fechar o ano acima do teto da meta estabelecida pelo governo, de 6,5%. O centro da meta de inflação é de 4,5% para o ano.

No fim de julho, o Banco Central elevou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros (Selic), para 14,25% ao ano. E indicou que os juros devem permanecer nesse novo patamar "por período suficientemente prolongado".

O BC já havia indicado que o aumento dos juros mira a inflação de 2016. O menor ritmo da economia e a dissipação dos reajustes de 2015 devem levar o IPCA para 5,4% no próximo ano.

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