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Contra acordo, partidários do 'não' comemoram nas ruas da Grécia

FERNANDA GODOY E LEANDRO COLON, ENVIADOS ESPECIAIS ATENAS, GRÉCIA (FOLHAPRESS) - Uma erupção de orgulho nacional tomou conta da praça Syntagma, no coração de Atenas, assim que a apuração dos votos começou a indicar a vitória do "não" no plebiscito deste

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.07.2015, 17:26:14 Editado em 27.04.2020, 19:58:25
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FERNANDA GODOY E LEANDRO COLON, ENVIADOS ESPECIAIS
ATENAS, GRÉCIA (FOLHAPRESS) - Uma erupção de orgulho nacional tomou conta da praça Syntagma, no coração de Atenas, assim que a apuração dos votos começou a indicar a vitória do "não" no plebiscito deste domingo (5), sobre acordo com credores internacionais.
Enrolados na bandeira da Grécia, centenas de partidários do "não" tomaram a icônica praça onde os protestos contra as medidas de austeridade impostas pela União Europeia se realizam desde o início da crise, há cinco anos.
"Estou incrivelmente orgulhoso do que aconteceu aqui: estamos dando à Europa uma lição de democracia. A crise afetou nosso bolso, mas não nossa alma", disse o cantor Michaelis Nemaris, 60.
"O povo grego está celebrando uma vitória contra o terrorismo, contra as ameaças que sofremos nos últimos dias. Queremos uma Europa mais democrática", afirmou Francos Panayotis, 54, comerciante.
ENTENDA A CRISE GREGA
Vendedores ambulantes de bandeiras da Grécia brotaram na praça logo que os resultados foram tornados públicos.O ambiente é festivo e ruidoso, como é do agrado dos gregos, com música e apitaço.
A euforia não apaga as preocupações com o futuro, mas traduz o estado de espírito da maioria da população grega, cansada dos sacrifícios impostos pela política de austeridade e cortes. Mesmo diante da incerteza, muitos decidiram arriscar.
"Não existe mudança sem risco", disse a enfermeira Izabela Galatou, 32, que ganha hoje 700 euros por mês, 200 euros menos que seu salário anterior ao início da crise. "Sinto que estou andando para trás, ganhando menos que no início da carreira", disse.
Os pais de Izabela, um professor e uma enfermeira, perderam mais de 6 mil euros de renda anual com os cortes orçamentários adotados pelos governos gregos pós-crise.
O desemprego na Grécia atinge cerca de 25% da força de trabalho. Dimitra Mitrakos, 31, desempregada há três anos, votou "não" e diz não ter medo de que a economia do país possa entrar em uma depressão ainda mais grave.
"Estava torcendo por esse resultado e estou orgulhosa. Não acredito nas ameaças. Políticos mentem muito", disse Mitrakos.

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