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Grécia recua para obter socorro e abre bancos para aposentados

LEANDRO COLON, ENVIADO ESPECIAL ATENAS, GRÉCIA (FOLHAPRESS) - Um dia depois do calote de 1,6 bilhão de euros no FMI (Fundo Monetário Internacional), o governo da Grécia recuou e agora diz estar "preparado para aceitar" medidas exigidas por credores em bu

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 01.07.2015, 10:28:18 Editado em 27.04.2020, 19:58:33
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LEANDRO COLON, ENVIADO ESPECIAL
ATENAS, GRÉCIA (FOLHAPRESS) - Um dia depois do calote de 1,6 bilhão de euros no FMI (Fundo Monetário Internacional), o governo da Grécia recuou e agora diz estar "preparado para aceitar" medidas exigidas por credores em busca de um socorro financeiro emergencial.
Ao mesmo tempo, os bancos abriram nesta quarta (1º) para os aposentados, que podem sacar até 120 euros por dia, enquanto os demais, somente em caixas eletrônicos, 60 euros.
Não havia confusão nas agências visitadas pela reportagem em Atenas, mas imagens de fila e empurra-empurra foram registrados em alguns locais.
O país tem 2,6 milhões de aposentados recebendo em média 882 euros por mês.
A Grécia tenta avançar para obter o novo pedido de socorro feito na terça (30) à zona do euro, por meio do ESM (Mecanismo de Sustentabilidade Financeira), vinculado à União Europeia.
O governo quer que os credores não levem em conta o débito de 1,6 bilhão de euros com o FMI, já que o fundo não faria parte dessa nova negociação.
O primeiro-ministro Alexis Tsipras enviou uma nova carta aos membros do bloco em que aceita algumas das condições impostas pelos credores na semana passada, quando ainda se negociava a suspensão da dívida com o FMI e a prorrogação de um empréstimo vencido nesta quarta. O novo resgate seria de 30 bilhões de euros.
As agências de notícias divulgaram o teor do documento enviado a Bruxelas, que mostra um recuo do governo grego ao dizer que "aceita" o teor das negociações discutidas com os credores até semana passada.
O premiê faz, no entanto, algumas reivindicações, como manter o desconto de imposto de 30% para as ilhas do país e aplicar somente a partir de outubro (e não julho) as novas regras previdenciárias, como a que limita a aposentadoria a 67 anos a partir de 2022 -dois pontos, no entanto, dos quais os credores não queriam abrir mão.
Os ministros de Finanças do bloco da moeda única, que negaram na terça esse pedido de urgência, devem se reunir na tarde desta quarta para discutir o assunto.
Líderes europeus, como a chanceler alemã Angela Merkel, têm pressionado o grupo a esperar o plebiscito do próximo domingo (5) sobre o tema, na aposta que os gregos votarão a favor de um acordo, enfraquecendo o premiê Tsipras.
A Grécia espera que o BCE (Banco Central Europeu) aumente o fundo de assistência emergencial (conhecido como ELA) usado pelos bancos para reporem os saques.
No domingo (28), o BCE havia decidido congelar o limite em 89 bilhões de euros, o que levou o governo a decretar o controle de capital nos bancos.
A Grécia tem pressa. Desde esta quarta, pela primeira vez está sem ajuda externa desde 2010, quando sua economia quase veio à falência estatal.
Diante das novas conversas, a questão é como ficaria o plebiscito marcado para este domingo em que os gregos votarão contra ou a favor a um acordo com os credores.
Até agora, Tsipras vinha fazendo campanha pelo voto "não". No entanto, desde terça ele próprio tem buscado um consenso com a outra parte da negociação.

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