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Alta da Petrobras ameniza perda de elétricas e Bolsa fecha no zero a zero

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa amenizou no final da tarde desta quarta (24) o ganho registrado durante quase todo o dia e fechou esta quarta-feira (24) praticamente no zero a zero, com ligeiro avanço de 0,13%

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.06.2015, 18:33:59 Editado em 27.04.2020, 19:58:43
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa amenizou no final da tarde desta quarta (24) o ganho registrado durante quase todo o dia e fechou esta quarta-feira (24) praticamente no zero a zero, com ligeiro avanço de 0,13%, para 53.842 pontos. O volume financeiro foi de R$ 5,5 bilhões, abaixo da média diária do mês, de R$ 6,492 bilhões, segundo dados da BM&FBovespa.
"O mercado está de lado há alguns pregões. Não há notícias novas. O impasse nas negociações entre a Grécia e seus credores internacionais para evitar um calote do país no fim do mês continua deixando os investidores em alerta, enquanto, no Brasil, a retração econômica e o alto nível da inflação contribuem para o cenário de cautela", disse Rogério Oliveira, especialista em Bolsa da corretora Icap.
A leve alta do Ibovespa foi sustentada, segundo Oliveira, pelo avanço das ações da Petrobras. Os papéis preferenciais da estatal, mais negociados e sem direito a voto, subiram 1,77%, para R$ 13,20 cada um. Os ordinários, com direito a voto, tiveram ganho de 1,88%, para R$ 14,62.
"As ações caíram mais de 1% no final do pregão passado e, nesta quarta, devolveram a perda", afirmou o especialista. Na véspera, a Agência Estado afirmou que o corte nos investimentos da companhia entre 2015 e 2019 deveria ser de 25%, mas especulações de mercado nesta sessão consideravam que a redução poderia chegar até 40%.
A Folha de S.Paulo publicou nesta terça (23) que o corte nos investimentos no próximo quinquênio deve ser entre 27% e 30%. A Petrobras afirmou em nota que o "Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 ainda está em elaboração" e que "fatos julgados relevantes serão oportunamente comunicados ao mercado".
O desempenho negativo do setor elétrico ofuscou o avanço da Petrobras, guiado pela Cemig, que caiu 8,09%, para R$ 12,04. A empresa mineira chegou a ceder mais de 10% ao longo do dia, após o Superior Tribunal de Justiça negar pleito da companhia para renovar concessão da hidrelétrica Jaguara.
Outras ações do setor elétrico caíram, como Cesp (-3,04%, para R$ 20,12), a ação preferencial da Eletrobras (-1,87%, para R$ 8,94) e a CPFL Energia (-1,80%, para R$ 19,08).
Depois de operarem boa parte do dia no azul, os papéis preferenciais da Vale fecharam com ligeira queda de 0,06%, para R$ 17,05, apesar da alta no preço do minério de ferro negociado no mercado à vista chinês. A China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira.
As siderúrgicas estiveram entre as maiores quedas do Ibovespa, com Gerdau cedendo 4,30% e a ação preferencial da Usiminas apresentando desvalorização de 2,87%. No setor de alimentos, a Marfrig se ajustou à expressiva valorização de quase 27% sofrida nos últimos quatro pregões, e caiu nesta quarta-feira 3,51%, para R$ 5,50.
Em sentido oposto, a empresa do setor educacional Kroton liderou os ganhos do Ibovespa no dia, com avanço de 3,64%, para R$ 12,80. O movimento, segundo analistas, foi reflexo da possibilidade de venda da Uniasselvi para a Cruzeiro do Sul ou para o fundo Carlyle.
No setor financeiro, os bancos tiveram leves altas. Este é o segmento com maior participação dentro do índice. O Itaú registrou valorização de 0,34%, para R$ 34,95, enquanto a ação preferencial do Bradesco ganhou 0,56%, para R$ 28,80. Já o Banco do Brasil subiu 1,96%, a R$ 23,88.
A TIM avançou 2,96%, acelerando no fim da tarde, após a Vivendi confirmar que elevou a fatia na Telecom Italia a 14,9%, tomando da Telefónica a posto de maior acionista no grupo italiano. Na visão da equipe da corretora Brasil Plural, a notícia corrobora especulações, após rumores de que o presidente do Conselho da Vivendi apoiava que a empresa italiana explorasse uma venda da unidade brasileira e se focar no mercado doméstico.
O Banco Central divulgou pela manhã que espera uma retração de 1,1% da economia brasileira em 2015. Há três meses, a instituição projetava queda do PIB (Produto Interno Bruto) de 0,5%. A instituição também elevou a projeção de inflação medida pelo IPCA (índice de preços ao consumidor) para o ano de 7,9% para 9,0%, maior valor desde 2003 (9,3%), acima do teto da meta, de 6,5%. Para 2016, a previsão passou de 4,9% para 4,8%.
"Dado o comprometimento reiterado pelo Banco Central de 'reancorar' a inflação à meta até o fim de 2016 e apenas um progresso marginal foi alcançado desde o relatório de inflação no primeiro trimestre, nós acreditamos que o BC está a caminho de elevar a Selic [juro básico] novamente em 0,5 ponto percentual na reunião de 29 de julho, e outra alta de 0,25 ponto percentual em setembro", disse Alberto Ramos, economista do Goldman Sachs, em nota.
No exterior, a Grécia ainda enfrenta divergências com credores nas discussões sobre acordo da dívida do país. A revisão do PIB norte-americano mostrando contração de 0,2% no primeiro trimestre também esteve no radar dos investidores.
CÂMBIO
No câmbio, a expectativa de continuidade do aumento de juros no Brasil seguiu alimentando a percepção de que o país deverá ter novas entradas de dólares de investidores estrangeiros em busca de retornos mais atraentes, o que reduziria a pressão sobre a cotação da moeda americana, mas a cautela com a crise grega segurou o ânimo dos operadores.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,26% sobre o real, cotado em R$ 3,091 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,71%, a R$ 3,101.
As atuações do Banco Central do Brasil no câmbio continuaram sendo observadas pelo mercado, após a autoridade monetária ter reduzido ao longo do mês suas intervenções através da rolagem de contratos de swap cambial (operação que equivale a venda futura de dólares).
Na quarta-feira (17) passada, o BC anunciou que passaria a fazer leilão de até 5.200 swaps cambiais diários para estender o vencimento do lote de contratos que vence em julho. Na semana anterior, a autoridade monetária vinha ofertando até 6.300 papéis por dia e, antes disso, até 7.000. Nesta quarta (24), o BC vendeu todos os 5.200 swaps oferecidos na rolagem, por US$ 254 milhões.

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