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BC diz que não há limite para subir juros

EDUARDO CUCOLO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Banco Central afirmou que fará "o que for necessário" para reduzir a inflação para 4,5% no final de 2016 e que o trabalho de alta de juros é essencial para que a economia brasileira volte a crescer. A instit

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.06.2015, 14:41:29 Editado em 27.04.2020, 19:58:44
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EDUARDO CUCOLO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Banco Central afirmou que fará "o que for necessário" para reduzir a inflação para 4,5% no final de 2016 e que o trabalho de alta de juros é essencial para que a economia brasileira volte a crescer.
A instituição avalia que a queda na sua projeção de inflação para 4,8% em 2016 mostra que os resultados obtidos até o momento ainda não se mostram suficientes. Além disso, o BC diz que irá se esforçar para que o índice de preços ao consumidor encerre 2015 abaixo dos 9% projetados atualmente pela própria instituição.
"A melhor coisa que podemos fazer para o bem da sociedade é colocar a inflação na meta de 4,5% no final de 2016", afirmou nesta quarta-feira (24) o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, ao comentar o novo Relatório Trimestral de Inflação.
Para isso, segundo o diretor, é necessário paciência, determinação e perseverança no ajuste das contas públicas e da taxa básica de juros, que está hoje em 13,75% ao ano e deve voltar a subir na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da primeira semana de julho.
O diretor também destacou a queda nas projeções de inflação do mercado, que estão em 4,75% para 2016, mas disse que isso também não é suficiente.
"O Copom vai fazer o esforço necessário para que esse número se minimize em 2015 e para que não haja transmissão desse calombo de inflação para 2016", afirmou. "A sociedade pode ter certeza de que ela tem aqui uma instituição que vai zelar pela redução da inflação."
FASES
O BC divide o processo de ajuste na economia em três fases, sendo a primeira de impacto sobre a atividade, seguida pelo reflexo sobre os preços. A terceira etapa seria a obtenção de resultados melhores que ajudem na retomada do crescimento, o que poderia ocorrer em 2016.
A instituição espera uma retração de 1,1% da economia brasileira em 2015. No primeiro trimestre de 2016, a retração em 12 meses estaria em 0,8%, segundo o BC.
DESEMPREGO
Ao comentar os dados sobre mercado de trabalho, Awazu afirmou que é necessário observar por mais tempo os números, pois mecanismos de indexação salarial podem colocar em risco o cumprimento da meta de inflação.
No documento, o BC diz que a "moderação salarial" é elemento-chave para a estabilidade de preços.
ELEIÇÕES
Questionado sobre falhas na política de controle inflação no primeiro mandato a presidente Dilma Rousseff, Awazu afirmou que o Copom atua sempre de maneira técnica e que a instituição começou a elevar os juros em abril de 2013. Posteriormente, o BC fez uma parada temporária nesse processo durante o período eleitoral de 2014.
"Não houve um momento em que não estivemos vigilantes sobre o que se deveria fazer. Apesar de estar sendo materializado agora, ele processo não nasceu recentemente."

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