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Bolsa sobe e dólar cai com mercado otimista sobre acordo grego

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O principal índice da Bolsa brasileira fechou em leve alta nesta segunda-feira (22), influenciado pelo otimismo em relação a um possível acordo de última hora entre a Grécia e seus credores internacionais, o que fez os princip

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.06.2015, 18:21:07 Editado em 27.04.2020, 19:58:48
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O principal índice da Bolsa brasileira fechou em leve alta nesta segunda-feira (22), influenciado pelo otimismo em relação a um possível acordo de última hora entre a Grécia e seus credores internacionais, o que fez os principais mercados de ações do mundo subirem nesta sessão.
O Ibovespa teve valorização de 0,21%, para 53.863 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,987 bilhões. No exterior, as Bolsas de Nova York registraram avanços entre 0,58% e 0,72%, enquanto os índices acionários da Europa subiram mais de 1%.
O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, afirmou nesta segunda que aposta em um acordo "viável" para evitar o calote aos credores, ao mesmo tempo em que a Alemanha não demonstra tanto otimismo. "Essa é a hora para uma solução viável e substancial que permita à Grécia voltar ao crescimento na zona do euro com justiça social", afirmou Tsipras.
A Grécia entregou novo plano de reformas a seus credores, incluindo o aumento da idade de aposentadoria. Autoridades da zona do euro afirmaram que o documento é "razoável" e, embora um acordo final com Atenas seja improvável nesta segunda-feira (22), pode ser um avanço na direção de uma solução nos próximos dias.
Pesquisa do Barclays com 899 investidores em todo o mundo mostrou que mais de metade dos consultados acreditavam que eventual saída da Grécia da zona do euro teria impacto limitado sobre os mercados financeiros, uma vez que a economia grega é pequena e foram tomadas medidas para limitar possíveis contágios. Além disso, apenas 23% deles esperavam que isso aconteça nos próximos meses.
A avaliação de analistas é que a alta da Bolsa brasileira nesta segunda (22) foi menor que os ganhos dos mercados internacionais por causa do cenário doméstico do país, que segue desafiador.
Alexandre Póvoa, sócio da gestora de recursos Canepa, diz que o ambiente interno torna ruim o investimento em Bolsa. O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central pela manhã desta segunda (22), mostrou um aumento da previsão para a inflação medida pelo IPCA em 2015, de 8,79% para 8,97%, bem como uma piora para o desempenho do PIB no mesmo período, de queda de 1,35% para contração de 1,45%.
Ainda na visão de Póvoa, o país passa por um grande problema de confiança, o que piora mais a situação. A agenda política não traz alívio, com um governo enfraquecido tentando aprovar medidas que muitas vezes não agradam as empresas, como o fim da desoneração de folha. Os desdobramentos da operação Lava Jato também geraram estresse no mercado.
As ações preferenciais da Vale, mais negociadas e sem direito a voto, perderam 2,87%, para R$ 16,91 cada uma. Os papéis acompanharam a baixa no preço do minério de ferro no mercado à vista chinês -a China é o principal destino das exportações da mineradora brasileira.
Em sentido oposto, as ações da Marfrig lideraram a ponta positiva do Ibovespa, com valorização de 9,73%, para R$ 5,30. A empresa anunciou no domingo (21) acordo com a JBS para a venda da Moy Park, unidade de frangos e alimentos processados na Europa, por aproximadamente US$ 1,5 bilhão. A ação da JBS subia 1,70%, para R$ 16,74.
CÂMBIO
O otimismo em relação ao possível acordo entre Grécia e seus credores internacionais também reduziu a pressão sobre o mercado de câmbio nesta segunda-feira (22). Segundo operadores, a baixa do dólar em relação ao real refletiu ainda a expectativa de entrada de novos recursos no Brasil, com estrangeiros em busca de retornos mais atraentes, na esteira da elevação da taxa básica de juros do país, a Selic.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,14% sobre o real, cotado em R$ 3,078 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuou 0,64%, para R$ 3,082.
As atuações do Banco Central do Brasil no câmbio continuaram no radar do mercado, após a autoridade monetária ter reduzido ao longo do mês suas intervenções através da rolagem de contratos de swap cambial (operação que equivale a venda futura de dólares).
Na última quarta-feira (17), o BC anunciou que passaria a fazer leilão de até 5.200 swaps cambiais diários para estender o vencimento do lote de contratos que vence em julho. Na semana anterior, a autoridade monetária vinha ofertando até 6.300 papéis por dia e, antes disso, até 7.000. Nesta segunda (22), o BC vendeu por US$ 253,8 milhões todos os 5.200 swaps oferecidos na rolagem.

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