LEANDRO COLON
LONDRES, REINO UNIDO (FOLHAPRESS) - Membros do governo e do partido do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, têm apoiado sua postura de levar até o limite as negociações dentro da zona do euro.
No domingo (21), Tsipras informou seu partido, o Syriza, que havia feito uma oferta final aos líderes europeus para evitar o colapso grego a partir de 30 de junho, quando expira a dívida de 1,6 bilhão de euros com o FMI.
No encontro em Atenas, o premiê também discutiu qual será a reação da população a possíveis aumentos de impostos em alguns setores, como alimentício e hoteleiro, além de mudanças na previdência.
"A população nos apoia porque sabe que pela primeira vez o governo da Grécia está negociando e não apenas aceitando as imposições da Europa", disse à reportagem a deputada Theano Fotiou, do Syriza.
"Ninguém quer aumentar imposto, então é preciso mostrar que não vamos elevar para a população mais pobre", ressaltou.
O premiê foi eleito em janeiro sob o discurso contrário às medidas de austeridade fiscal adotadas pelos governos anteriores, de centro-direita. Agora, terá de justificar à população a negociação com o bloco europeu.
A expectativa é que o acordo discutido em Bruxelas precise passar pelo aval do Parlamento grego, que hoje apoia o governo do Syriza.
"A votação no Parlamento vai depender muito do que for discutido pelos líderes europeus", explicou o ministro da Educação, Cultura e Religião, Aristides Baltas, que participou da reunião com Tsipras no fim de semana.
Para ele, o Syriza, mesmo com a pressão externa, tem o respaldo da população grega.
"Apesar do ataque que estamos sofrendo dos líderes europeus, a população nos apoia", afirmou o ministro à reportagem.
"Nós estamos otimistas para um acordo, mas não certos de que isso vai ocorrer. Querem mexer em salários e pensões, mas precisamos de segurança", disse Baltas.
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.06.2015, 13:04:18 Editado em 27.04.2020, 19:58:49
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