SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Economistas de instituições financeiras passaram a ver maior aperto monetário neste ano com a inflação praticamente em 9%, além de piorarem a projeção para a atividade após novos sinais de resistência da alta dos preços e de debilidade econômica.
A pesquisa Focus do Banco Central publicada nesta segunda-feira (22) mostrou que os analistas consultados passaram a ver que a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%, será elevada em 0,50 ponto percentual na reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom). Antes, a previsão era de alta de 0,25 ponto percentual.
O detalhamento da pesquisa mostra que depois disso não há expectativas de que a taxa básica de juros sofra mais alterações, encerrando 2015 a 14,25%, contra 14% previstos na pesquisa anterior. Para 2016, eles continuam a ver a Selic a 12% por cento no fim do ano.
Em relação à inflação, os especialistas consultados voltaram a revisar para cima, pela 10ª semana seguida, a projeção para a alta do IPCA ao fim deste ano, chegando a 8,97%, antes 8,79% na pesquisa anterior. Mas para o que ano que vem não mudou a perspectiva de que o IPCA encerrará a 5,50%.
As projeções estão acima da meta definida pelo governo, que estabelece o índice de 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais.
A expectativa para a contração do Produto Interno Bruto neste ano, por sua vez, passou a 1,45%, contra queda de 1,35% antes, na quinta piora seguida da projeção.
Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou a alta a 0,99%, maior taxa para esses meses em quase duas décadas e acima do esperado.
Já o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou que a atividade iniciou o segundo trimestre com contração de 0,84% em abril sobre março, pior do que o esperado.
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.06.2015, 10:41:13 Editado em 27.04.2020, 19:58:49
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