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Ações de bancos e elétricas amenizam retomada da Bolsa após três quedas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A desvalorização das ações de bancos e companhias do setor elétrico amenizou o ganho do principal índice da Bolsa brasileira nesta quinta-feira (21) após três baixas consecutivas, sustentado pela recuperação dos papéis da Petr

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.05.2015, 18:20:56 Editado em 27.04.2020, 19:59:48
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A desvalorização das ações de bancos e companhias do setor elétrico amenizou o ganho do principal índice da Bolsa brasileira nesta quinta-feira (21) após três baixas consecutivas, sustentado pela recuperação dos papéis da Petrobras e da Vale.
O Ibovespa fechou o pregão em alta de 0,38%, para 55.112 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,880 bilhões. As altas de 1,57% e 4,34% das ações preferenciais (sem direito a voto) da Vale e da Petrobras, para R$ 16,83 e R$ 13,45, nesta ordem, ajudaram o índice a se manter no azul. Esses papéis haviam caído mais de 6% nos últimos três dias.
"Há muita incerteza e especulação em torno do ajuste fiscal. Não há certeza sobre o tamanho do pacote, nem exatamente quais os setores que serão atingidos e em qual escala. Tudo isso empurrou a Bolsa para baixo desde o início da semana", disse Alexandre Wolwacz, diretor da escola de investimentos Leandro & Stormer.
"Como há expectativa de que o ajuste seja aprovado de vez nesta sexta-feira (22), o mercado esteve hoje [quinta] em compasso de espera. Após anunciadas, as medidas serão medidas e estudadas e, então, os investidores vão poder de fato saber se os ativos já estão devidamente precificados [ou seja, se o valor das ações reflete o impacto das medidas] ou não", completou.
Segmento com maior participação dentro do Ibovespa, os bancos enfrentaram mais um dia de perdas nesta quinta-feira (21). Os papéis reagiram à expectativa de impacto negativo das medidas de ajuste fiscal, como o aumento de impostos para os bancos.
O Itaú teve desvalorização de 1,21%, para R$ 36,06, enquanto a ação preferencial do Bradesco, sem direito a voto, recuou 1,72%, para R$ 29,73. O Banco do Brasil perdeu 1,60%, para R$ 24,63. Foi o quarto dia seguido que esses papéis registraram baixa.
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) aumentou a lista dos impostos que podem ser elevados para garantir o cumprimento da meta de superavit primário neste e nos próximos anos. Entre eles, está o aumento da alíquota de CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de 15% para 17% de bancos, que pode gerar uma receita extra anual de R$ 1,5 bilhão, além de ajustes na cobrança de PIS/Cofins e aumento de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Segundo analistas, além do aumento de impostos, também pesa negativamente sobre os bancos a informação de que a Fazenda voltou a discutir o fim do benefício fiscal concedido sobre a parcela dos lucros distribuída na forma de lucro sobre o capital próprio. Matéria do jornal "Valor Econômico" desta quinta-feira (21) afirma que a proposta é que a mudança passe a valer já no próximo ano.
Quem dominou a ponta negativa do Ibovespa no dia foram os papéis do setor elétrico, guiados por Cemig (-5,70%, para R$ 14,40), Cesp (-4,27%, para R$ 19,75) e Energias do Brasil (-2,50%, para R$ 10,90).
Segundo a "Agência Estado", a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) rejeitou um pedido feito pelas hidrelétricas para que a agência deixasse de cobrar das geradoras pela energia que elas não conseguiram entregar em função da escassez hídrica. A conta é de R$ 13 bilhões.
Do outro lado da Bolsa, os papéis de empresas do setor de educação dominaram a ponta positiva do Ibovespa, um dia depois de a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovar Fies para cursos de ensino à distância. A Kroton subiu 6,42%, para R$ 12,60, enquanto a Estácio teve valorização de 5,56%, para R$ 19.
CÂMBIO
No mercado cambial, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em alta de 0,23% em relação ao real, cotado em R$ 3,038 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,33%, para R$ 3,044.
O fortalecimento do dólar, segundo operadores, tem refletido o quadro de apreensão com as medidas de ajuste fiscal que estão sendo anunciadas pelo governo. O cenário ganhou mais um impulso nesta quinta-feira após uma leva de indicadores econômicos destacar a fragilidade da economia brasileira em 2015.
No primeiro trimestre de 2015, a queda na atividade econômica brasileira foi de 0,81% em relação aos três últimos meses de 2014, de acordo com o indicador de atividade do Banco Central, o IBC-Br. Somado a isso, a taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país foi de 6,4% em abril deste ano, segundo o IBGE.
Além disso, a sinalização de que o Banco Central deve reduzir suas intervenções no mercado cambial em junho tem limitado o espaço para mais quedas do dólar.
Nesta quinta (21), a autoridade monetária brasileira rolou para 2016 os vencimentos de 8,1 mil contratos que estavam previstos para o início de junho, em um leilão que movimentou US$ 393,3 milhões. A operação é equivalente à venda futura de dólares.
Se mantiver esse ritmo até o final de maio, o BC rolará apenas 80% do lote total de contratos de swap com vencimento no início do próximo mês, que corresponde a US$ 9,656 bilhões. Nos meses anteriores, a rolagem estava sendo de 100% dos contratos.

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