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Petrobras prevê plano para reduzir endividamento

SAMANTHA LIMA RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras pretende explicar, nas próximas semanas, a estratégia para reduzir o endividamento. O tema será alvo de discussão na alta administração da empresa ainda esta semana. A informação foi dada em t

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 18.05.2015, 17:12:16 Editado em 27.04.2020, 19:59:55
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SAMANTHA LIMA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A Petrobras pretende explicar, nas próximas semanas, a estratégia para reduzir o endividamento. O tema será alvo de discussão na alta administração da empresa ainda esta semana.
A informação foi dada em teleconferência com analistas do mercado pelo diretor financeiro da empresa, Ivan Monteiro, nesta segunda-feira (18).
Segundo o executivo, o assunto será discutido de forma "bastante profunda".
Na divulgação dos resultados do primeiro trimestre, na última segunda-feira, a empresa relatou ter elevado sua dívida líquida em 18% em apenas três meses, de R$ 282,1 bilhões para R$ 332,5 bilhões. O valor não contempla as captações feitas em abril, no valor de R$ 29 bilhões.
A principal causa foi a desvalorização cambial, de 21%, entre o primeiro trimestre de 2014 e o de 2015, já que 75% da dívida da empresa é em dólar.
O índice de alavancagem, que mede a relação entre endividamento líquido e a soma entre o endividamento líquido, subiu de 48% para 52% no período. Há três anos, a empresa considerava índice satisfatório o percentual de 35%.
"A discussão sobre alavancagem é uma discussão bastante profunda, e vai ser feita numa primeira reunião de diretores, com o presidente [Aldemir] Bendine, e, depois, um amplo debate com o conselho de administração. Após esses dois eventos, a gente vai se sentir muito mais à vontade não só de explicar detalhadamente o novo plano de negócios, mas, principalmente, como vamos endereçar a desalavancagem", disse Monteiro.
O plano de negócios deve ser divulgado na primeira quinzena de junho. Com menos projetos do que a empresa pensava em fazer há um ano, prevê investimentos da ordem de US$ 29 bilhões este ano e de US$ 25 bilhões em 2016.
Antes do aprofundamento da crise financeira, a empresa planejava investir US$ 44 bilhões entre 2014 e 2018. O valor foi revisto para adequar a companhia à nova realidade do preço do petróleo e para evitar crescimento da já enorme dívida.
Na sexta-feira (22), a empresa obteve aval para fazer uma nova emissão de títulos de dívida no Brasil, no valor inicial de R$ 3 bilhões, mas que poderá chegar a R$ 4,05 bilhões, dependendo do apetite dos investidores.
PREÇOS COMPETITIVOS
Monteiro voltou a dizer que a Petrobras vai praticar preços "competitivos" para os combustíveis, e que a empresa tem "liberdade" para estabelecer tal política.
Entre 2011 e 2014, a Petrobras amargou perdas próximas a R$ 90 bilhões por ter sido obrigada a vender combustíveis abaixo da cotação internacional. O impedimento vem do governo, na forma de controlador da companhia, preocupado com o impacto inflacionário.
A queda no preço do barril ajudou a diminuir a defasagem e, a partir de novembro, a companhia passou a ter ganhos com a diferença. No entanto, a tendência é que esse ganho seja anulado, caso o preço do barril de petróleo e o dólar subam, como prevê o mercado.
Um analista quis saber do executivo "de onde vem a convicção" na capacidade da empresa de reajustar o preço dos combustíveis. "São conversas no conselho de administração que te deixam mais otimista?", perguntou.
Monteiro afirmou, então, que "a companhia tem liberdade e vai atuar praticando preços competitivos".
"Não podia ser diferente. Não pode haver outra postura da diretoria da Petrobras. A Companhia vai praticar preços competitivos de mercado". Ele não detalhou, porém, quais são os parâmetros e patamares de competitividade.
No primeiro trimestre deste ano, a empresa afirmou ter tido resultado positivo de R$ 9,4 bilhões na área de abastecimento, responsável pela comercialização de combustíveis, depois de 16 trimestre seguidos de perdas.
SETOR ELÉTRICO
Monteiro disse que a Petrobras vai "perseguir 100%" de recuperação dos valores provisionados como perda no setor elétrico, em dezembro do ano passado.
No balanço do 4º trimestre, a empresa lançou como provisão para perda com o setor elétrico o valor de R$ 4,5 bilhões, que ajudou a aumentar o prejuízo do ano, de R$ 21,7 bilhões. Segundo a companhia, tal débito, parte de uma dívida de R$ 12 bilhões que o setor tem com a Petrobras, não tinha garantias.
Agora, no fim do 1º trimestre, a empresa reverteu R$ 1,3 bilhão desses R$ 4,5 bilhões, porque, segundo Monteiro, foram dadas garantias de pagamento a esse valor. A reversão da provisão geral efeito positivo no resultado da companhia de R$ 863 milhões.

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