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Dólar sobe no dia, mas fecha terceira semana seguida em queda

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar interrompeu sequência de três quedas e fechou em alta nesta sexta-feira (17), influenciado por dados de inflação nos Estados Unidos. A moeda americana, porém, registrou desvalorização pela terceira semana seguida, com

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.04.2015, 18:04:10 Editado em 27.04.2020, 20:00:43
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O dólar interrompeu sequência de três quedas e fechou em alta nesta sexta-feira (17), influenciado por dados de inflação nos Estados Unidos. A moeda americana, porém, registrou desvalorização pela terceira semana seguida, com um alívio no cenário político no Brasil e no exterior.
No dia, preocupações de investidores com o aumento de preços ao consumidor nos EUA em março e as dúvidas sobre a capacidade da Grécia de pagar seus empréstimos influenciaram a cotação da moeda.
Nos Estados Unidos, os preços ao consumidor subiram 0,2% em março, pressionados pelo aumento do custo da gasolina e de moradias. Em fevereiro, o índice também tinha tido alta de 0,2%. A inflação é um dos dados observados pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) na hora de definir sua política monetária.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou em alta de 1,55%, para R$ 3,068. Na semana, porém, caiu 0,40%, enquanto no mês a queda é de 4,2%. Em 2015, o dólar à vista tem valorização de 15,9%.
O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, registrou valorização de 0,86%%, para R$ 3,043. Na semana, a queda do dólar foi de 0,94%, e em abril a desvalorização já alcança 4,7%. No ano, a moeda mantém alta de 14,3%.
Das 24 principais moedas emergentes, 11 se desvalorizaram em relação ao dólar.
O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, fechou em baixa de 1,32%, para 53.954 pontos. Na semana, o índice caiu 0,48%.
EXTERIOR
Apesar do aumento em março, os preços ao consumidor nos EUA vieram de acordo com as previsões, afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
"Se o dado tivesse superado as expectativas, o dólar estaria se fortalecendo mais. Mas vale ressaltar que o mercado de trabalho ainda é o fator que mais sensibiliza o Fed em sua condução dos juros nos Estados Unidos", afirma.
O Fed já deixou claro em vários comunicados que pretende evitar uma pressão sobre a inflação. O dado desta sexta reforça a perspectiva de um aumento dos juros nos Estados Unidos ainda neste ano. Com os juros mais altos nos EUA, os investidores tendem a retirar dinheiro aplicado em emergentes, como o Brasil, e direcionar para os títulos americanos, considerados mais seguros.
Diante da perspectiva de saída de dólares no mercado brasileiro, o preço da moeda americana sobe em relação ao real.
Ainda nos EUA, a confiança do consumidor aumentou mais do que o esperado em abril, mostrou pesquisa da Universidade de Michigan divulgada nesta sexta-feira. A leitura preliminar de abril do índice geral da confiança do consumidor atingiu 95,9, ante 93,0 em março. Analistas esperavam 94,0.
"Há um cenário de empresas com resultados abaixo do esperado e analistas revisando para baixo o lucro das companhias. O dado antecipa a recuperação do consumo, e a inflação mostra um pouco disso também", afirma o economista Ignácio Rey, da Guide Investimentos.
Por outro lado, as preocupações com a Grécia persistem e aumentam a aversão de investidores a aplicar em Bolsa. Há dúvidas sobre a capacidade do país de obter um empréstimo e saldar suas dívidas.
"O cerco está se fechando sobre a Grécia. O prazo está passando e não se sabe o que vai acontecer com o país, se a Grécia vai se manter na zona do euro ou não. Por isso, os investidores procuram zonas mais seguras, como o dólar, e o mercado de ações acaba sendo contaminado", ressalta Figueredo, da Clear.
ALÍVIO
As três semanas de queda do dólar são fruto da redução das tensões políticas no país em conjunto com o adiamento da expectativa de aumento de juros nos EUA, afirma Rey, da Guide.
"Houve um noticiário mais positivo no campo político, mas que está longe de estar tranquilo. Segue havendo possibilidade de impeachment, após o TCU [Tribunal de Contas da União] ter considerado ilegais as 'pedaladas fiscais', o que pode acentuar percepções de risco de curto prazo. Mas a crise política ficou um pouco mais tranquila", avalia.
Nos EUA, a percepção dos analistas é de que o aumento de juros pode ficar até para 2016, contra estimativa anterior de um início já em junho, ressalta. "Nesse momento, os analistas preveem uma alta dos juros a partir de dezembro. Foi um adiamento de dois meses. Mas se o mercado trouxer a estimativa desse aumento para mais perto, o dólar pode voltar a se valorizar", complementa.
BOLSA
As ações da Petrobras, que abriram em baixa, fecharam em alta, após a estatal ter anunciado na noite de quinta-feira (16) que vai divulgar o balanço no próximo dia 22.
Os papéis preferenciais da petrolífera, os mais negociados e sem direito a voto, tiveram alta de 0,62%, para R$ 13,01. As ações ordinárias, com direito a voto, registraram valorização de 0,68%, para R$ 13,27.
Apenas dez das 68 ações do Ibovespa subiram no mercado brasileiro. A maior queda foi das ações da CSN, com perda de 7,15%.

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