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EUA, Japão e Europa devem sustentar recuperação da economia, diz G20

GIULIANA VALLONE, ENVIADA ESPECIAL WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Os riscos à economia global estão mais balanceados, mas ainda há desafios importantes no cenário, afirmou o G20 em comunicado divulgado nesta sexta-feira (17), após dois dias de reunião em

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.04.2015, 16:49:23 Editado em 27.04.2020, 20:00:44
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GIULIANA VALLONE, ENVIADA ESPECIAL
WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) - Os riscos à economia global estão mais balanceados, mas ainda há desafios importantes no cenário, afirmou o G20 em comunicado divulgado nesta sexta-feira (17), após dois dias de reunião em Washington.
"Nós saudamos o fortalecimento da atividade econômica em alguns países importantes, embora o crescimento global continue moderado e esteja seguindo caminhos divergentes", diz o texto.
Segundo o grupo, as perspectivas de curto prazo para as economias avançadas, em especial para a zona do euro e para o Japão, melhoraram recentemente. Além disso, Estados Unidos e Reino Unido continuam a apresentar crescimento sólido, o que poderia sustentar a recuperação global.
"Os riscos para a economia global estão mais balanceados desde a reunião [em fevereiro]", afirma o comunicado.
Para os ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais dos países do grupo, o impacto global da queda nos preços do petróleo deve ser positivo, com efeitos variados em cada economia.
"Ainda assim, há desafios importantes, incluindo a volatilidade nas taxas cambiais, a inflação em baixa prolongada, desequilíbrios internos e externos sustentados, alto endividamento público e tensões geopolíticas", diz o texto.
O grupo também alerta para os riscos de um ambiente de "políticas monetárias divergentes e volatilidade financeira em alta." "As políticas devem ser cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas para minimizar impactos negativos sobre outras economias".
Os mercados aguardam com ansiedade a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) sobre um aumento da taxa de juros norte-americana, que está entre zero e 0,25% desde 2008.
A expectativa de aumento nos juros dos EUA tem reflexos no Brasil, principalmente no mercado de câmbio. A alta das taxas tende a atrair recursos financeiros para o mercado norte-americano e afugentá-los de países emergentes. A consequência é uma valorização do dólar.
Na Europa, o BCE (Banco Central Europeu) mantém as taxas de juros nas mínimas recordes na zona do euro, enquanto implementa um programa de injeção de recursos para impulsionar a economia.
COTAS
No comunicado, o grupo pede que o FMI (Fundo Monetário Internacional) busque uma solução interina para reformar as cotas do Fundo, travada pelos Estados Unidos.
Em 2010, em função da crise global, ficou acordado que o FMI seria fortalecido com recursos adicionais, vindos de países como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em troca, esses países teriam mais participação nas decisões da organização.
Os EUA, principal país acionista do FMI, têm, na prática, poder de veto no organismo multilateral. Isso porque conta com 16,75% de poder de voto e, para ser aprovada, a reforma exige 85% de apoio. Por isso, as mudanças devem passar pelo Congresso dos EUA -e estão travadas desde então no Legislativo americano.
"Continuamos profundamente desapontados com o contínuo atraso nas reformas", afirma o comunicado. "Reafirmamos que a implementação o mais cedo possível continua sendo nossa maior prioridade".
Hoje, o Brasil conta com cerca de 2% das cotas do fundo. Com o acordo, passaria a deter aproximadamente 3%.

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