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David Carr, colunista de mídia e cultura do 'NYT', morre aos 58

NOVA YORK, EUA - O colunista de mídia e cultura do jornal "The New York Times", David Carr, morreu nesta quinta-feira (12) depois de ter um mal-estar súbito na Redação do jornal, em Nova York. O jornalista, que tinha 58 anos, chegou a ser socorrido e leva

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.02.2015, 04:52:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:57
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NOVA YORK, EUA - O colunista de mídia e cultura do jornal "The New York Times", David Carr, morreu nesta quinta-feira (12) depois de ter um mal-estar súbito na Redação do jornal, em Nova York. O jornalista, que tinha 58 anos, chegou a ser socorrido e levado ao hospital Roosevelt.

Carr escreveu sobre mídia por 25 anos e estava no "NYT" desde 2002. Antes disso, escreveu para as revistas "The Atlantic Monthly" e "New York" e para o site "Inside.com".

Além de colunista, ele era uma espécie de porta-voz informal do jornal. Foi um dos principais personagens retratados no documentário "Page One - Inside the New York Times" (2011), de Andrew Rossi.

"Era o melhor repórter de mídia de sua geração, um homem notável e divertido que era um dos líderes de nossa Redação", afirmou o editor-executivo do jornal, Dean Baquet, em mensagem interna.

"Ele era nosso maior campeão, e sua paixão interminável pelo jornalismo e pela verdade fará falta à sua família no 'Times', aos seus leitores ao redor do mundo e às pessoas que amam o jornalismo."
Em 2008, Carr lançou o livro "A Noite da Arma", uma reportagem sobre sua vida e seu vício em crack, publicado no Brasil em 2012 pela editora Record.

Ele esteve no país em agosto de 2014 para divulgar o livro na Flip (Feira Literária Internacional de Paraty) e, na ocasião, participou de sabatina na Folha.

"As pessoas escrevem muitos livros ao estilo 'eu era um cara terrível e agora sou legal'. Eu achei que uma forma de fazer [o livro] seria ser um repórter: entrevistar dezenas de pessoas, procurar os documentos, e comparar minha memória com o que aconteceu", disse no evento.

"O que eu descobri foi que minha memória estava errada. As pessoas só lembram o que querem sobre elas mesmas. O livro é um pouco sobre esse truque da memória."  Carr vivia em Montclair, Nova Jersey, com sua mulher. Ele tinha três filhas.

Nesta quinta, poucas horas de sua morte, o jornalista participou de evento do "NYT" com o ex-funcionário da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA), Edward Snowden, o jornalista Glenn Greenwald e a diretora do documentário "Citizenfour", Laura Poitras.

Estava bem-humorado e brincou com o jornalista Glenn Greenwald, dizendo que não o parabenizaria pelo prêmio Pulitzer, vencido em 2014.

"Glenn, eu poderia lhe parabenizar pelo Pulitzer, mas como eu sou um colega jornalista estou com um pouco de inveja", disse no evento, assistido em Nova York pela reportagem da Folha.

Ao ouvir de Greenwald que o prêmio já estava um pouco velho, ele respondeu, rindo: "Sabe de uma coisa? Se eu ganhasse um, ele nunca ficaria velho."

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