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Indústria, comércio e sindicatos repercutem decisão de elevar juros

SÃO PAULO, SP - Tão logo foi divulgada a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de elevar a taxa básica de juros para 12,25% ao ano, entidades que reúnem o setor de comércio, de indústria e sindicais repercutiram suas avaliações

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.01.2015, 20:18:00 Editado em 27.04.2020, 20:03:46
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SÃO PAULO, SP - Tão logo foi divulgada a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de elevar a taxa básica de juros para 12,25% ao ano, entidades que reúnem o setor de comércio, de indústria e sindicais repercutiram suas avaliações sobre os efeitos da nova taxa sobre a economia.

Para a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), "a coordenação entre as políticas fiscal e monetária é essencial para evitar que o novo ciclo de elevação das taxas de juros seja excessivo, diminuindo assim os efeitos negativos sobre os investimentos, a produção e a geração de empregos. Reiteramos que o ajuste fiscal deve privilegiar a diminuição dos gastos públicos de natureza corrente".

Na visão da Fecomercio-SP, a alta de 0,50 ponto porcentual "é coerente com os últimos discursos do presidente do Banco Central e reafirma as apostas do mercado em uma postura mais agressiva da autoridade monetária no combate à inflação". A entidade ainda avalia que "a política fiscal, aliada à política monetária, poderá trazer o IPCA para baixo com o menor custo social possível e no menor espaço de tempo. Ainda que não se tenha certeza de que o discurso será posto integralmente em prática, já é certo que o BC está honrando o que tem alardeado sobre a intolerância à inflação".

A Fecomercio-RJ tem uma avaliação mais dura. Para a entidade, "o aumento dos juros pelo Copom é mais um dos muitos preços pagos por empresários e consumidores brasileiros pela condução equivocada da política econômica nos últimos anos. Ao contrário de previsibilidade, rigor fiscal e inspiração de confiança, a economia passou a conviver com improvisos, metas de última hora e ações localizadas".

A Abad (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores) entende que "a elevação da taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, de 11,75% para 12,25%, dias depois do anúncio de aumento de impostos, mostrou que a atuação do Banco Central está alinhadíssima com o discurso da Fazenda, mas só traz a certeza de que em 2015 o setor produtivo continuará a ser punido".

O anúncio não surpreendeu a indústria gráfica. Em nota, Levi Ceregato, presidente da Abigraf, que reúne as empresas do setor, diz que "entendemos que o momento é de acreditar e que os ajustes realizados serão acompanhados do correspondente esforço governamental para diminuir os gastos públicos e sanear o deficit fiscal. Esperamos que venha daí a confiança necessária por parte do mercado para retomar os investimentos produtivos que permitirão ao Brasil, país com imenso potencial de recursos naturais, a retomada do crescimento sustentável em favor da nossa competitividade".

Também em nota divulgada na noite desta quarta-feira (21), o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse que "a decisão tomada pelo Copom vai deprimir ainda mais a economia, que já cresceu muito pouco no ano passado, além de agravar a situação da indústria. A medida é contraria a qualquer projeto de desenvolvimento para o país. Essa medida nefasta, além de manter a taxa Selic em patamares proibitivos e colocar à mostra a insensibilidade do governo ante as demandas da classe trabalhadora, impede o crescimento da produção, do consumo e a geração de empregos".

Por fim, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) "lamenta e condena a decisão do Copom", por entender, segundo escreveu em comunicado, que "o novo aumento da taxa básica de juros, somado às recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo federal, acelera a marcha rumo a uma recessão econômica no Brasil".

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