SÃO PAULO, SP - A agência internacional de classificação de risco Moody's rebaixou nesta quarta-feira (21) a nota da construtora Andrade Gutierrez e as avaliações das notas (títulos) emitidas pela Andrade Gutierrez International.
Além disso, a perspectiva para todas as notas passou de estável para negativa.
A avaliação (tanto da empresa quanto das notas emitidas) passou de Ba1 para Ba2 e, segundo comunicado da Moody's, em razão da "acentuada deterioração das métricas de crédito da companhia em 2014, devido ao crescimento mais fraco da receita e menores margens de lucro".
A agência de risco afirma ainda a Andrade Gutierrez tem enfrentado atrasos na execução de contratos, o que deve levar a receita líquida da empresa a cair de 5% a 10% em 2014, e que esse cenário se insere em meio aos escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras e a incertezas em relação à economia do Brasil e da Venezuela.
HISTÓRICO
A primeira empreiteira a ter notas rebaixadas por agências internacionais de classificação de risco foi a OAS. A avaliação da empresa foi rebaixada pelas três principais agências: Fitch, S&P (Standard and Poor's) e Moody´s e chegou ao nível D, que reflete alta probabilidade de "default" (calote).
No último dia 13, a Fitch cortou a notas de mais empreiteiras do Brasil devido a preocupações relacionadas à operação Lava Jato, sobre o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras.
A lista de companhias que tiveram as notas reduzidas inclui Construtora Queiroz Galvão, Galvão Participações, Galvão Engenharia e Mendes Júnior Trading e Engenharia (MJTE).
A perspectiva negativa sobre os as notas das três primeiras companhias foi mantido, enquanto no caso da MJTE a observação foi removida.
E no dia 14, a S&P e a Moody's rebaixaram as notas da construtora Mendes Júnior, citando a crescente dificuldade da construtora de gerenciar seu caixa após a Operação Lava Jato da Polícia Federal.
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