SÃO PAULO, SP - O Departamento da Justiça dos EUA, equivalente ao Ministério da Justiça no Brasil, pagará US$ 134 mil (R$ 350 mil) a uma americana que teve um perfil falso seu criado no Facebook por uma agência do órgão.
A agência, DEA (Drug Enforcement Administration), tinha como fim usar a conta forjada com fins de investigações para o combate do tráfico de narcóticos.
A mulher em questão, Sondra Arquiett, processou a organização depois de esta ter afirmado que houve "consentimento implícito" da outra parte, que permitira que a autoridade vasculhasse seu celular quando de sua detenção, relata a BBC.
A garçonete fora detida em 2010, acusada de participar de uma quadrilha de venda de drogas. Ela foi condenada no ano seguinte e cumpriu seis meses de detenção aos finais de semana.
A investigação envolveu seu namorado à época, que posteriormente foi condenado por ser um dos líderes da quadrilha.
Apesar do acordo, o governo não disse acreditar que tenha tomado atitudes incorretas, relata a Associated Press, que divulgou o acordo no fim desta terça (20) depois de ter acesso a documentos judiciais.
O processo foi iniciado em 2013. Arquiett alegou que sofria com medo e problemas emocionais, já que "seu perfil" na rede social indicava que ela havia cooperado com a investigação contra o grupo de traficantes.
O Facebook enviou em outubro do ano passado -quando a história veio à tona pela imprensa- uma carta à DEA em que condenava a prática, que naturalmente infringe os termos de uso da plataforma.
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