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Para Banco Mundial, incertezas sobre política econômica brasileira 'continuam elevadas'

RAUL JUSTE LORES WASHINGTON, EUA - O Banco Mundial disse que as incertezas sobre a política econômica do Brasil "continuam elevadas", mesmo com o fim da incerteza "eleitoral" do ano passado. Em seu relatório sobre a economia global divulgado nesta terç

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 13.01.2015, 19:45:58 Editado em 27.04.2020, 20:04:05
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RAUL JUSTE LORES
WASHINGTON, EUA - O Banco Mundial disse que as incertezas sobre a política econômica do Brasil "continuam elevadas", mesmo com o fim da incerteza "eleitoral" do ano passado.
Em seu relatório sobre a economia global divulgado nesta terça (13), os economistas do Banco dizem que há incertezas sobre as políticas fiscal e monetária e sobre a agenda de reformas estruturais. Também escrevem que a "confiança" na recuperação do país é "fraca" e prevê crescimento "modesto" neste ano e em 2016.
"O declínio dos preços das commodities (matérias primas), demanda mais fraca de parceiros comerciais, como Argentina e China, secas em regiões agrícolas, contração do investimento e incertezas eleitorais levaram a um declínio acentuado no crescimento", descreve o relatório. Acrescenta que o deficit fiscal saltou por conta de "empréstimos públicos e deduções fiscais, que eram medidas de estímulo" em 2014, quando o PIB só cresceu 0,1%.
A desvalorização do real, de 20% em 2014, deve-se a "preocupações dos investidores quanto aos desequilíbrios macroeconômicos".
É feita uma breve menção à nova equipe econômica, liderada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, "que deve fortalecer políticas pró-crescimento e reforçar pouco a pouco os investimentos". Outra mudança positiva apontada é que a desvalorização do real "pode ajudar a aumentar as exportações".
Na América Latina, vários países crescerão acima dos 3% por ano até 2017, como México, Colômbia, Uruguai, Panamá, Peru e Bolívia. Argentina e Venezuela continuarão em recessão.
Os Estados Unidos, em recuperação, devem cresce 3,2% este ano, depois de um crescimento de 2,4% no ano passado, e seu PIB deve continuar em alta em 2016 e 2017.
A China vive uma "desaceleração cuidadosamente administrada" nas palavras do Banco, de 7,1%, 7% e 6,9% em 2015, 2016 e 2017 respectivamente. Cada ponto percentual de desaceleração na China reduz em 0,6 ponto percentual o crescimento da América Latina e Caribe.
A desaceleração dos Brics é pronunciada, com exceção da Índia, que elegeu no ano passado o reformista Nahendra Modi. O PIB deve ter alta de 6,4% neste ano e de 7% ao ano nos dois anos seguintes. Já o PIB russo deve cair -2,9% neste ano.
Os países europeus que utilizam o euro e o Japão continuam com crescimentos bem modestos.
PETRÓLEO EM BAIXA
O documento também fala das razões da queda do preço do petróleo pelo mundo, por conta "do aumento da produção não-convencional de petróleo, novas fontes produzindo mais rapidamente que o esperado, a mudança dos objetivos da OPEP, a apreciação do dólar e o crescimento global mais fraco".
O relatório cita especificamente o pré-sal no Brasil, ao dizer que os "custos de exploração" já estão acima dos preços do petróleo de exploração custosa como o petróleo de "águas profundas" do Brasil e o das areias oleaginosas do Canadá.
Como lado positivo, o Banco diz que o petróleo mais barato reduz pressões inflacionárias e o desequilíbrio fiscal nos países emergentes que importam o combustível.

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