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Discussões sobre dívida terão 'dias difíceis', diz Casa Branca

O chefe de gabinete da Casa Branca Bill Daley disse neste domingo (24) que as negociações sobre o limite de endividamento dos Estados Unidos e a redução do déficit terão "dias difíceis" à frente e que chegar a um acordo em breve é crucial para manter a

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.07.2011, 20:06:00 Editado em 27.04.2020, 20:45:31
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O chefe de gabinete da Casa Branca Bill Daley disse neste domingo (24) que as negociações sobre o limite de endividamento dos Estados Unidos e a redução do déficit terão "dias difíceis" à frente e que chegar a um acordo em breve é crucial para manter a confiança dos mercados.

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Falando no programa da NBC 'Meet the Press', Daley se mostrou confiante que o Congresso agiria em tempo para aumentar o teto do endividamento, já que os líderes disseram que a moratória não é uma opção.

Daley acrescentou, contudo, que mercados ao redor do mundo estão esperando para ver se as autoridades nos EUA conseguem chegar a um acordo. "Estamos chegando ao ponto que mercados no mundo vão questionar se o sistema político pode chegar a um consenso e ceder para o bem maior do país", disse.

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Daley afirmou que a Casa Branca busca um acordo que aumentaria o teto do endividamento para que outra votação sobre o tema não seja necessária antes das eleições de novembro de 2012.

Ele disse também que a Casa Branca está aberta a um processo em duas etapas no qual algumas reduções no déficit são acordadas no final deste ano ou no início do ano que vem. "Isto precisa ser em dois passos, mas o segundo passo deve nos levar até 2013 sem ter de passar por essa batalha ridícula sobre o aumento do teto do endividamento", acrescentou.

O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse a sua bancada que esperava um acordo ainda na tarde deste domingo para acalmar os investidores, sobretudo na Ásia. O desejo é ter uma legislação sobre o tema para ser apresentada na segunda-feira.

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Já o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse neste domingo que é impensável para os EUA não honrar suas dívidas e que acredita em um acordo para resolver a questão.

Falando à rede de TV CNN, Geithner disse que é fundamental que o Congresso aprove um novo teto da dívida ao menos até 2013, após as eleições presidenciais de novembro de 2012. "A coisa mais importante é remover a ameaça de default do país pelos próximos 18 meses", disse Geithner. "O que os líderes sabem é que eles precisam chegar a um acordo que passe pela Câmara dos Deputados, pelo Senado e que o presidente possa aceitar".

Geithner disse que o presidente dos EUA, Barack Obama, esteve em contato com todos os líderes do Congresso ao longo do sábado e que os parlamentares e a Casa Branca tentam encontrar uma maneira de elevar o limite de 14,3 trilhões de dólares para a dívida norte-americana até o prazo final de 2 de agosto.

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O secretário disse ainda que a proposta do presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, de aumentar o teto da dívida até o fim de 2011 e, depois, aumentá-lo novamente não tem votos para passar no Congresso e não é aceitável para a Casa Branca.

"O que nós não podemos fazer, porque seria irresponsável, é deixar a ameaça de default pairando sobre a economia dos Estados Unidos por um longo período de tempo", disse.

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Republicanos têm insistido que a Casa Branca precisa concordar com cortes profundos nos gastos para uma redução do déficit do país no longo prazo antes de qualquer aprovação no Congresso. As negociações se arrastam há semanas.

Autoridades da administração do presidente Obama disseram que uma proposta que combinaria o aumento do limite da dívida com um plano de 10 anos para reduzir o déficit em 4 trilhões de dólares ainda é uma possibilidade, apesar da decisão do presidente da Câmara na sexta-feira de abandonar as negociações com a Casa Branca sobre essa proposta.

Agências de rating disseram que poderão cortar a nota de crédito 'AAA' dos EUA se o país não conseguir honrar seus pagamentos, provavelmente causando desordem nos mercados financeiros globais.

Mesmo se os EUA não entrarem em default, o rating poderá ficar sob pressão se o Congresso e o presidente falharem em acertar um plano de longo prazo de redução do déficit.

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