MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Senado dos EUA rejeita plano de equilíbrio aprovado pela Câmara

O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira (22), por 51 votos contra 46, o plano de equilíbrio orçamentário que havia sido aprovado na terça-feira pela Câmara de Representantes. Ao impedir que a proposta siga em frente, os democratas espe

Da Redação

·
Senado dos EUA rejeita plano de equilíbrio aprovado pela Câmara
Icone Camera Foto por Divulgação
Senado dos EUA rejeita plano de equilíbrio aprovado pela Câmara
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.07.2011, 20:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:45:32
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta sexta-feira (22), por 51 votos contra 46, o plano de equilíbrio orçamentário que havia sido aprovado na terça-feira pela Câmara de Representantes.

continua após publicidade

Ao impedir que a proposta siga em frente, os democratas esperam agilizar o processo para chegar a um compromisso aceitável para aumentar o teto da dívida, atualmente em US$ 14,29 trilhões, algo que deve ser concluído antes do prazo final de 2 de agosto.

O plano, chamado de “corte, limite, equilibre”, foi proposto pelos republicanos e propunha reduções imediatas e drásticas das despesas, bem como restrições para gastos federais no futuro. Além disso, condicionava a ampliação do teto de endividamento do país ao equilíbrio orçamentário.

continua após publicidade

Era esperado que o plano não seria aprovado pelo Senado, onde os democratas são maioria. Além disso, o presidente Barack Obama havia afirmado que o vetaria.

O foco volta-se para uma alternativa ambiciosa, que prevê redução de US$ 4 trilhões do déficit por meio de aumento de impostos e da diminuição de despesas. As diferenças, no entanto, continuam, e o porta-voz da Câmara, John Boehner, disse a jornalistas que reuniões entre ele e Obama não produziram um acordo para resolver a crise. 'Acho que será um fim de semana quente aqui em Washington', afirmou Boehner.

O Senado dos EUA concordou em abandonar qualquer consideração de uma proposta orçamentária republicana, potencialmente pavimentando o caminho para um acordo bipartidário entre o governo Obama e o Congresso.

continua após publicidade

O líder da maioria no Senado, o democrata Harry Reid, já havia declarado categoricamente esperar que o plano fosse rejeitado. "O plano dos republicanos chamado de 'cortar, limitar e equilibrar' não tem nem uma chance em um milhão de passar no Senado", disse.

O plano
O plano aprovado na noite de terça-feira na Câmara dos Deputados dos EUA, por 234 votos a 190, permitiria elevar o teto da dívida do país e evitaria um calote. Não é o plano que foi elogiado mais cedo pelo presidente Barack Obama.

O plano, formulado pelo partido Republicano, permite a elevação do teto da dívida dos EUA em US$ 2,4 trilhões caso o Congresso concorde com um corte de gastos de US$ 111 bilhões no próximo ano; limite os gastos nos próximos anos a uma determinada porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) e aprove uma emenda à Constituição referente ao orçamento.

continua após publicidade

A proposta objetiva forçar a retenção fiscal sobre todos os congressistas, mudando as regras de despesa total. O plano não engloba o Medicare (assistência de saúde para idosos) ou a Segurança Social de maneira direta, que devem ter déficits significativos no futuro.

Plano do "Grupo dos Seis"
Em pronunciamento feito na tarde da terça, Obama afirmou que o os congressistas "não têm mais tempo para gestos simbólicos". Ele voltou a defender um "acordo amplo" e disse querer que os líderes do Congresso comecem a elaborar uma solução final para a questão do déficit na quarta-feira. Obama afirmou também que os mercados financeiros estão confiantes que as lideranças de Washington "não vão atirar a economia de um penhasco".

continua após publicidade

O líder norte-americano elogiou o plano de longo-prazo apresentado na terça-feira pelo grupo de seis senadores americanos, democratas e republicanos, conhecidos como o "Grupo dos Seis", que prevê um montante de redução de gastos de cerca de US$ 3,7 trilhões em dez anos.

A proposta incluiria ainda reformas em programas sociais como o Medicare e mudanças no Código de Impostos e na Seguridade Social. Segundo a rede CNN, o plano acabaria com as brechas fiscais, mas também reduziria as taxas de impostos para corporações e indivíduos. Além disso, reduziria os gastos do governo.

Segundo Obama, a proposta está "globalmente conforme à abordagem" defendida pelo governo. Obama manifestou apoio aos esforços do grupo bipartidário de senadores e disse que a proposta "é uma boa notícia", que pode ajudar a movimentar as negociações quanto ao teto do endividamento. O presidente instou o líder da maioria no Senado, Harry Reid, um democrata, e o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, a iniciarem conversas francas sobre a proposta.

Corrida contra o tempo
O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote.

Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei. Isso porque, nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Senado dos EUA rejeita plano de equilíbrio aprovado pela Câmara"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!