O mercado de previdência privada aberta fechou o primeiro trimestre de 2011 com arrecadação de R$ 11,7 bilhões, um crescimento de 16,62% na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados hoje pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). A federação reúne 64 sociedades seguradoras e 15 entidades abertas de previdência complementar no País.
O número de contratos de planos de previdência privada aberta cresceu 2% no primeiro trimestre e saltou de 10,3 milhões para 10,5 milhões. Conforme a Fenaprevi, o sistema contabiliza atualmente 96,8 mil participantes já recebendo benefícios.
No primeiro trimestre, o produto VGBL arrecadou R$ 9,3 bilhões, com crescimento de 18,91%. O produto é indicado ao investidor que não declara imposto de renda pessoa física pelo modelo completo de declaração anual de ajustes.
A arrecadação dos planos do tipo PGBL cresceu 20,66% no período e movimentou R$ 1,5 bilhão. Estes planos são voltados para quem utiliza o modelo completo da declaração anual de ajustes do imposto de renda pessoa física. Já os planos tradicionais totalizaram aportes no valor R$ 799,5 milhões no período. Outros produtos de previdência (FAPI, PGRP e VGRP) arrecadaram R$ 3,6 milhões.
Os dados da Fenaprevi mostram ainda que, no trimestre, em planos individuais foram feitos aportes no valor de R$ 9,9 bilhões, apresentando um crescimento de 19,33% na comparação aos R$ 8,3 bilhões arrecadados no mesmo intervalo de 2010. Os planos para menores, por sua vez, tiveram alta de 18,12% e arrecadação de R$ 394,5 milhões, enquanto os aportes para os planos empresariais registraram R$ 1,4 bilhão, alta de 0,61%.
Marco Antônio Rossi, presidente da Fenaprevi, afirma, em nota, que o aumento da renda do brasileiro e a chegada de novos consumidores na classe C são fatores que têm garantido a ascensão da previdência privada aberta. "A transformação cultural que está acontecendo no Brasil não ocorre somente nos hábitos de consumo. Com o aumento da renda média da população cresce também o número de pessoas com condições de experimentar e buscar nos planos de previdência formação de uma poupança de longo prazo. Ao mesmo tempo as seguradoras estão desenvolvendo produtos flexíveis para atender esta nova demanda", afirma.
De acordo com a Fenaprevi, a Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking de arrecadação no primeiro trimestre de 2011, com 28,23% do total; a BrasilPrev (27,73%); Itaú Vida e Previdência (21,86%); Caixa Vida & Previdência (7,35%); Santander Seguros (5,22%); HSBC (3,96%); Icatu Seguros (0,86%); Sul América (0,86%); Porto Seguro (0,57%); e Safra (0,54%). As demais entidades somam, no total, 2,83% da arrecadação.
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