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BCs temem bolha com queda das commodities

Xerifes das finanças internacionais temem que a correção nos preços de matérias primas na semana passada possa ser um primeiro e perigoso sinal do potencial estouro de uma bolha de commodities, representando um "alto risco" para a recuperação da economia

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 08.05.2011, 16:18:01 Editado em 27.04.2020, 20:47:39
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Xerifes das finanças internacionais temem que a correção nos preços de matérias primas na semana passada possa ser um primeiro e perigoso sinal do potencial estouro de uma bolha de commodities, representando um "alto risco" para a recuperação da economia mundial e escancarando a atuação de especuladores nos mercado de energia e alimentos. Essa é a avaliação de alguns dos principais Bancos Centrais do mundo que começaram hoje, na Basileia, uma avaliação completa da situação da economia mundial durante reunião do Banco de Compensações Internacionais (BIS).


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No final da semana passada uma correção no mercado de commodities afetou preços de uma gama de produtos, do cobre ao algodão. O petróleo registrou a maior queda em termos absolutos da história. Em apenas um dia, o barril perdeu US$ 12,00. Na semana, a prata perdeu 30% de seu valor, na maior queda em quase 30 anos. O Financial Times chegou a classificar a queda de "épica" e, não por acaso, entre alguns representantes de BCs, a ordem é de manter vigilância total em relação aos acontecimentos diante do que poderia ser mais uma bolha.


Para alguns, a ameaça de um "pouso forçado" existe em relação ao comportamento do mercado de commodities. O impacto seria sentido acima de tudo em economias exportadoras de matérias-primas. Parte da recuperação de alguns desses mercados partiu exatamente por conta da renda gerada com as exportações de commodities.


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Segundo dados do Instituto de Finanças Internacionais, foram os altos preços de commodities que promoveram uma recuperação rápida na América Latina após a crise de 2009. A entidade, que representa os bancos privados, apontam que as commodities representam hoje 50% das exportações da região e que foi justamente esse fator que permitiu que os termos de troca do continente tivessem uma alta de 6% em 2010.


No BC brasileiro, porém, esse pouso forçado e eventuais perdas diante da queda abrupta dos preços não faz parte das previsões.


A reunião na Basileia ocorre a portas fechadas e os presidente das instituições são orientados a não revelar o conteúdo das conversas. "Não posso falar nada", disse o presidente do BC chileno, José de Gregório. O Chile vinha sustentando parte de sua expansão na alta dos preços de cobre.


A reunião ainda conta com representantes do Fed, Alexandre Tombini, presidente do Banco Central brasileiro, e Jean Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu.

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