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Anatel: decisão sobre 700 MHz será técnica e política

O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou que a decisão sobre o possível uso do espectro de 700 megahertz (MHz) por empresas de telecomunicação será também política, e não apenas técnica, dada a importância da T

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.05.2011, 18:12:01 Editado em 27.04.2020, 20:47:48
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O conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou que a decisão sobre o possível uso do espectro de 700 megahertz (MHz) por empresas de telecomunicação será também política, e não apenas técnica, dada a importância da TV aberta no Brasil. Hoje, o espectro é utilizado por empresas de radiodifusão, mas com o fim da migração para o formato digital, em 2016, haverá uma parte ociosa do espectro que poderia ser realocada. A ideia é usar parte da faixa para universalizar a banda larga móvel no País.


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"A TV aberta no Brasil tem um papel muito importante. Qualquer discussão de alteração deste espectro não envolverá apenas questões técnicas. Existe uma ampla discussão política já que a rádio difusão é competência do Ministério das Comunicações", afirmou a jornalistas durante uma reunião plenária da Associação GSM, entidade internacional que reúne mais de 800 operadoras de telefonia móvel no mundo, que acontece hoje e amanhã, no Rio.


A faixa de 700 MHz é alvo de uma das grandes disputas entre as operadoras de TV e as de telefonia. O debate sobre os 700 MHz, no entanto, sequer entrou na pauta de discussões da Anatel ou do Ministério de Comunicações, diz Rezende.


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No evento da GSM, foi apresentado um amplo estudo do consultor de telefonia Ernesto Flores mostrando os benefícios econômicos e sociais da utilização do espectro de 700 MHz por empresas de telefonia. A faixa é disputada por ter ondas de longo alcance, demandando, portanto, menos custos de infraestrutura para cobrir grandes áreas.


Segundo Flores, que tem passagens pela consultoria McKinsey e pela Telefônica, além de doutorado pela Universidade de Chicago, a receita adicional do setor e a contribuição ao Produto Interno Bruto (PIB) seria de US$ 1,4 bilhão caso as teles pudessem entrar na faixa, contra uma projeção de US$ 329 milhões caso o espectro permaneça com as empresas de rádio difusão.


O estudo, que levou em conta também a situação no México, Argentina, Peru e Colômbia, foi feito com base em projeções para o ano de 2013. A GSM tenta antecipar a discussão no Brasil e afirma que o País perde a cada ano de atraso.


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"Com YouTube e vídeo na internet, as empresas de rádio difusão veem a mudança como uma ameaça e tentam frear o processo. Aqui eles querem começar a discussão só em 2016", lamenta o diretor da Associação GSM Sebastian Cabello, que conduziu o evento no Rio.


Segundo ele, neste ritmo, o Brasil será o último dos cinco países comparados a licitar o espectro e terá de seguir o modelo dos vizinhos. "O Brasil vai acabar tendo que se adaptar aos outros países, e não os outros países se adaptarem ao Brasil", disse.

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