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Silvio Santos vende Panamericano com ajuda do FGC

Um Proer privado evitou a quebra do Panamericano e salvou o patrimônio do empresário Silvio Santos. Ontem à noite, o BTG Pactual comprou a participação de Silvio no Panamericano por R$ 450 milhões. O dinheiro foi usado por Silvio para liquidar a dívida

Da Redação

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 Silvio Santos chegou a ir até o Planalto por causa do impasse financeiro no Banco Panamericano
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Silvio Santos chegou a ir até o Planalto por causa do impasse financeiro no Banco Panamericano
Escrito por Da Redação
Publicado em 01.02.2011, 08:03:02 Editado em 27.04.2020, 20:51:44
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Um Proer privado evitou a quebra do Panamericano e salvou o patrimônio do empresário Silvio Santos. Ontem à noite, o BTG Pactual comprou a participação de Silvio no Panamericano por R$ 450 milhões. O dinheiro foi usado por Silvio para liquidar a dívida de R$ 4 bilhões que ele contraiu com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para cobrir dois rombos em seu ex-banco. O restante será absorvido pelo FGC, em nome da preservação do sistema financeiro nacional.


Não foi à toa que Silvio saiu sorrindo da sede do BTG Pactual após a assinatura do negócio, na noite de ontem. Em uma só tacada, ele quitou uma dívida de R$ 4 bilhões por pouco mais de 10% do valor. E mais: protegeu a maior parte de seu patrimônio, que engloba o SBT e a empresa de cosméticos Jequiti, entre outras. Em contrapartida, abriu mão do banco, unidade mais rentável de seu grupo.


A engenharia da operação é a seguinte: Silvio não foi pago em dinheiro, mas em recebíveis (títulos) do BTG, de André Esteves, no valor de R$ 450 milhões. Repassou esses papéis para o FGC e liquidou a dívida que tinha por causa do Panamericano. Cabe agora ao BTG definir quando vai pagar o FGC. O banco de André Esteves tem até 2028 para fazer isso, pagando correção de 13% ao ano. Se decidir levar a dívida até o prazo final, terá pago R$ 3,8 bilhões ao FGC.


Mas o BTG pode quitar a dívida quando quiser. Se, por exemplo, resolver liquidar o débito amanhã, o fará por R$ 450 milhões. Nesse caso, o FGC assumiria um prejuízo de aproximadamente R$ 3,5 bilhões. Se usar o prazo máximo, o FGC receberá daqui a 17 anos R$ 3,8 bilhões sem correção. O FGC é uma entidade criada pelos bancos em 1995 - época em que o governo fez o Proer, para socorrer instituições em dificuldades - com o objetivo de garantir parte dos depósitos em caso de quebra de algum banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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