O setor de serviços foi o principal gerador de vagas de emprego com carteira assinada no ano passado, em Apucarana. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor foi responsável por 341 postos abertos em 2010.
Comércio e indústria de transformação aparecem como os dois setores que também contribuíram para a geração de empregos na cidade no ano passado. Juntos, os dois segmentos que geraram praticamente o mesmo volume, somaram 531 vagas.
A construção civil também é outro setor que ganhou destaque no ano, com a criação de 171 empregos com carteira assinada.
O saldo das contratações no acumulado dos doze meses mostra um aumento de 18,5% no número de empregos, na comparação com o mesmo período de 2009. Em 2010, o resultado entre admissões e desligamento foi a criação de 973 novos empregos, contra 821 postos registrados no ano anterior.
Apesar do crescimento no acumulado do ano, as contratações no último mês do ano não tiveram um desempenho positivo na maioria dos setores. Segundo dados do Caged, a indústria de transformação liderou em desligamentos no período, registrando o fechamento de 605 postos de trabalho no mês. O segundo setor com maior volume de demissões, no entanto, em menor proporção em relação à indústria, foi o da construção civil, com 69 desligamentos. Já o setor de serviços aparece com 59 cortes de empregos. No total, o mês fechou com um saldo negativo de 756 empregos. No comparativo com o mesmo mês de 2009, as demissões aumentaram 78% em relação a dezembro deste ano.
As demissões na indústria já vinham sendo registradas, conforme o Caged, desde novembro, quando foram registrados o fechamento de 160 postos de trabalho. Por outro lado, o comércio equilibrou as demissões em novembro com o aumento nas contratações temporárias de final de ano.
Falta de qualificação
As vagas de empregos disponíveis em Apucarana esbarram na falta de qualificação dos candidatos. A afirmação é de Marlene Romão Fantachole, chefe da agência do Trabalhador de Apucarana.
Segundo ela, a cidade não tem problemas com o desemprego, mas com a baixa capacitação dos trabalhadores. “Com a abertura de novas empresas na cidade no ano passado, principalmente no setor do comércio, a oferta de empregos foi muito grande. No entanto, as empresas enfrentaram problemas no preenchimento das vagas oferecidas e muitas delas ficaram ociosas, por falta de candidatos qualificados e até por pessoas interessadas. Alguns investidores precisaram buscar funcionários fora de Apucarana para atender a demanda”, conta.
De acordo com ela, as vagas no setor de confecções são as que mais têm problemas em ser preenchidas. “Mesmo oferecendo o piso salarial, que passa de seiscentos reais, as indústrias têm problemas para encontrar funcionários”, diz. Para este ano, ela afirma que a oferta de empregos continuará aquecida. “Estão previstas novas empresas, que devem elevar ainda mais a oferta de empregos na cidade”, completa.
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