A cesta básica ficou mais cara em todo o país em 2010, como resultado do forte aumento do preço dos alimentos. O custo do pacote de 13 produtos subiu mais de 10% em 14 das 17 cidades pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e nas outras três, os preços subiram entre 3% e 6%.
A cidade de São Paulo continuou na liderança da cesta mais cara do país: R$ 265,15. Na capital paulista, o valor da caixa de alimentos aumentou 16,2% entre janeiro e dezembro de 2009.
Goiânia (GO) foi a cidade onde os preços tiveram o maior aumento: 22,9%. Apesar disso, o valor não está entre os maiores do país (R$ 234,61). O custo da cesta básica também avançou com força, mas não passou dos 20%, em Recife (19,96%), Natal (18,14%), Manaus (16,73%), Fortaleza (16,21%) e São Paulo.
Em Porto Alegre (RS), os preços aumentaram 6,13%, mas a cidade continuou na segunda posição entre as mais caras. Na capital gaúcha, o pacote ficou, em média, em R$ 252,15. Brasília (5,15%) e Aracaju (3,96%) tiveram as menores inflações no período. A capital sergipana é a que tem a cesta mais barata (R$ 175,88).
Com base no custo da cesta observado em São Paulo, o Dieese calcula que o valor do salário mínimo teria de ser R$ 2.227,53. Isso corresponde a 4,37 vezes o salário mínimo em vigor no ano passado, de R$ 510. Em decorrência da alta ocorrida nos alimentos básicos, este valor é muito maior do que o visto em dezembro de 2009, de R$ 1.995,91, ou 4,29 vezes o salário mínimo da época (R$ 465).
O cálculo leva em conta a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
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