O total de consumidores endividados diminuiu em dezembro, segundo a a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da CNC (Confederação Nacional do Comércio), divulgada nesta terça-feira (21). A proporção de consumidores que afirmam ter dívidas ou contas em atraso também recuou para 23,5% (contra 24,8% um mês antes). A parcela de endividados que informaram não ter condições para pagar suas dívidas também diminuiu no período, de 9% para 8,3%.
Para a CNC, houve uma injeção de recursos na economia com o pagamento do 13º salário, o que contribuiu para saldar dívidas. Além disso, houve uma manutenção no crescimento da renda e do emprego, o que continuou a elevar o poder aquisitivo dos consumidores.
No entanto, a entidade informou que entre o terceiro e o quarto trimestres, o total de consumidores que disseram estar endividados teve leve avanço, para 58,9% (contra 58,7% um trimestre antes). Os consumidores entrevistados que afirmaram não ter condições de saldar dívidas também cresceu - de 8,9% para 9%.
Já os que disseram ter dívidas ou contas em atraso no período diminuíram.
A principal modalidade de dívida entre as famílias brasileiras continuou a ser o cartão de crédito em dezembro, na análise da CNC. Na pesquisa, 71,2% das famílias endividadas apontaram o cartão de crédito como um de seus principais tipos de dívida.
Na análise por faixas de renda, o cartão de crédito representou o principal débito entre famílias com ganhos até dez salários mínimos mensais (71,5%). Entre os consumidores com ganhos mensais acima desse patamar, a proporção foi menor (68,6%).
Ainda segundo a CNC, entre as famílias endividadas, a segunda modalidade de dívida mais lembrada foram os carnês, seguida por financiamento de carro.
Na pesquisa por faixas de renda, a proporção de famílias endividadas com ganho mensal de até dez salários mínimos recuou de 62,2% para 60,6%, de novembro para dezembro. Já a de famílias com renda acima desse limite aumentou.
Intenção de consumo
A intenção de consumo das famílias brasileiras atingiu em dezembro nível recorde pelo terceiro mês consecutivo, de acordo com a CNC. O Índice de Intenção de Consumo das Famílias subiu 3,1% de novembro para dezembro. Para a confederação, o desempenho reflete um cenário de crescente confiança das famílias brasileiras em relação ao consumo, devido à manutenção das condições favoráveis de emprego, renda e crédito.
Todos os sete indicadores componentes do índice de intenção apresentaram crescimento de novembro para dezembro, com destaque para nível de consumo atual, perspectiva profissional e perspectiva favorável para aquisição de bens duráveis.
O levantamento ouviu 17.800 consumidores em todos os Estados e no Distrito Federal. O total de endividados recuou de 59,8% em novembro para 58,3% em dezembro.
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