O aumento na renda pode ocasionar em alguns quilinhos a mais na balança. A Avaliação Nutricional da Disponibilidade Domiciliar de alimentos no Brasil realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base na POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) de 2008-2009, apontou que a dieta diária de famílias que ganham entre dez e 15 salários mínimos possui mais calorias do que das famílias com renda de até dez salários.
A pesquisa aponta diferenças nos hábitos alimentares das classes sociais. A dupla arroz e feijão é mais popular nas classes mais baixas, enquanto o consumo de refeições prontas é maior nas classes mais ricas.
Nas famílias com renda maior o consumo de leites e derivados, frutas e verduras, gordura animal e bebidas alcoólicas é mais representativo do que nas famílias de baixa renda. Na outra ponta da tabela é possível constatar que famílias de renda mais baixa consomem mais leguminosas, raízes e tubérculos, como a batata e a mandioca.
O estudo ainda mostrou que o aumento nos rendimentos resulta no consumo maior de gorduras e na diminuição igualmente intensa do teor de carboidratos. Na mesa das famílias com salários maiores o consumo de carboidratos é inferior a 55% das calorias totais que devem ser consumidas na dieta diária.
No caso das gorduras, nota-se que o limite máximo de 30% das calorias totais é ultrapassado a partir da classe de renda mensal de mais de seis salários mínimos. O consumo das gorduras saturadas tende a aumentar proporcionalmente com a renda familiar.
Essas combinações resultam em uma dieta superior a 1.700 calorias diárias para as famílias que ganham mais de dez salários mínimos, enquanto as famílias de baixa renda consomem uma média aproximada de 1.500 calorias.
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