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BC mantém taxa de juros e livra aperto no bolso

Pela segunda vez consecutiva, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (20) manter o juro básico da economia, a Selic, em 10,75% ao ano. Isso significa que, para o brasileiro os juros bancários, seja para

Da Redação

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Publicado em 21.10.2010, 08:30:00 Editado em 27.04.2020, 20:56:00
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Pela segunda vez consecutiva, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (20) manter o juro básico da economia, a Selic, em 10,75% ao ano. Isso significa que, para o brasileiro os juros bancários, seja para financiamento, empréstimo ou cheque especial, devem se manter no mesmo patamar, de 6,74% ao mês, o menor valor em 15 anos.

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A decisão seguiu a previsão dos analistas financeiros, que viam desde a última reunião do Copom, em setembro, que a inflação está em um processo de queda e, portanto, não haveria motivos para continuar a série de ajustes na Selic. Além disso, o indicador de perspectiva de crédito ao consumidor, principal termômetro do consumo e, consequentemente, da perspectiva de inflação, caiu 1,9% em agosto, marcando o sexto mês consecutivo de redução, chegando a 101,5 pontos.

Segundo a Serasa Experian, os números mostram que os brasileiros estão mais dispostos a se endividar em um financiamento de uma casa, por exemplo, do que na compra de um eletrodoméstico. Isso acaba sendo positivo para a economia como um todo, já que a oferta de crédito diminui em uma ponta, como o empréstimo pessoal, mas aumenta em outra, no caso dos parcelamentos para a compra da casa própria.

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Além disso, segundo o próprio BC divulgou nesta quarta-feira, a atividade econômica ficou estável em agosto em relação ao mês anterior. Isso significa que não houve crescimento da economia, o que vai de encontro ao que a autoridade monetária vinha tentando fazer desde que interrompeu o ciclo de altas na Selic, em julho.

Recentemente, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que um crescimento acelerado do Brasil neste ano poderia ser negativo, já que poderia colocar em risco a estabilidade econômica. Na prática, a análise se baseia na lei da oferta e demanda na economia. Quanto maior a procura, ou seja, o consumo dos brasileiros, os preços também sobem.

Desde a volta da Selic ao patamar de dois dígitos, em junho deste ano, a inflação tem diminuído lentamente após ter batido recorde em janeiro. Até setembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), utilizado como medidor oficial da inflação no país, acumula uma alta de 3,60%.

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No último boletim Focus desta segunda-feira (15), que é o levantamento semanal do BC feito com analistas, a estimativa é que o IPCA fique em 5,20% neste ano, acima da estimativa de 5,15% na edição anterior.

O Copom se reúne a cada 45 dias e terá sua próxima reunião nos dias 7 e 8 de dezembro.

Entenda a Selic

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A Selic é chamada de taxa básica porque é usada como referência pelos bancos para estabelecer os juros cobrados nos empréstimos entre bancos e nas aplicações em títulos públicos federais. A taxa funciona ainda como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado para financiamentos e empréstimos - que são influenciados também por outros fatores, como o risco de que quem pegou o dinheiro emprestado não pague a dívida.

É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes. Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.

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