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Quilo do feijão pode chegar a R$ 10 até o mês de dezembro

As donas de casa certamente já notaram a alta no preço do feijão carioca no último mês. E a perspectiva é de que o aumento não pare por aqui. O presidente do conselho de administração do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão), Marcelo Eduardo Lüders,

Da Redação

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 Alta do feijão carioca pode chegar a 60%
Icone Camera Foto por Larry Crowe/12.07.2008/AP
Alta do feijão carioca pode chegar a 60%
Escrito por Da Redação
Publicado em 19.10.2010, 09:36:00 Editado em 27.04.2020, 20:56:06
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As donas de casa certamente já notaram a alta no preço do feijão carioca no último mês. E a perspectiva é de que o aumento não pare por aqui. O presidente do conselho de administração do Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão), Marcelo Eduardo Lüders, prevê alta de até 60% no preço do alimento até o fim do ano.

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Segundo ele, as razões que fizeram o feijão se valorizar em 2008 - entre as quais problemas com o clima e a produção - estão se repetindo atualmente. Agora, porém, os motivos são mais intensos e o desabastecimento já é o maior da década.

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- Não nos surpreende se até o fim do ano o valor do feijão ultrapassar o de janeiro de 2008, quando a saca [de 60 kg] chegou a ser negociada a R$ 300. Nos supermercados, o quilo do feijão foi vendido entre R$ 8 e R$ 10 [naquela época].

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A alta observada no campo já pode ser sentida nos supermercados. No começo de setembro, o paulistano pagava, em média, R$ 2,81 pelo quilo do alimento. Hoje o consumidor paga R$ 4,48 pela mesma quantidade, segundo o Procon, o que representa uma alta de 60% em pouco mais de um mês.

O clima é um dos principais fatores apontados por Lüders para o aumento nos preços. Tradicionais produtores, o Nordeste e o interior de São Paulo sofrem com a seca. Já no sertão da Bahia, o problema é o excesso de chuva. Segundo o pesquisador da área de agrometeorologia da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Silvando Carlos da Silva, a seca e a água em excesso são prejudiciais ao desenvolvimento do feijoeiro.

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- Quando está muito quente, o feijoeiro guarda as energias produzidas para se resfriar. Então a planta não consegue encher o grão. E quando tem muita água, as vargens [onde ficam os grãos] se grudam umas nas outras e isso pode trazer doenças. Nos dois casos, o produtor não vai conseguir colher.

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Outro motivo para a forte valorização no preço do alimento é a diminuição da área de plantio. De acordo com Lüders, o governo “não honrou” o compromisso de comprar a sobra da safra passada, e muitos produtores, temendo prejuízo com o feijão, resolveram migrar para outras culturas. Ou seja, deixaram de plantar feijão e passaram a ocupar a área com outros grãos.

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Com diminuição do plantio, a tendência é que o preço suba. No começo do ano, a saca de 60 kg era negociada a R$ 80. Hoje, o produtor não vende por menos de R$ 190. Isso significa uma valorização de 111% em apenas nove meses.

Considerando que a saca é vendida hoje pelo produtor por cerca de R$ 190, o produto poderia subir quase 60% até o final do ano - o que terá impacto no bolso do consumidor, segundo especialista.

Para fugir da alta do feijão, os especialistas recomendam que os brasileiros modifiquem o cardápio. O primeiro passo é diminuir o consumo semanal de feijão e, depois, apostar em outros grãos, como feijão preto e lentilha, que podem substituir o tradicional acompanhante do arroz no prato do brasileiro.

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