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Aço brasileiro não compete com o americano, diz governo

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MARIANA CARNEIRO

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O governo brasileiro vai argumentar que o aço exportado para os EUA não concorre com o produto feito no país, na tentativa de evitar barreiras à entrada no mercado norte-americano.

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O presidente Donald Trump decidirá até 19 de abril se levanta proteção contra o aço importado, uma de suas promessas de campanha para aumentar a fabricação local e gerar empregos.

Após investigar os principais exportadores aos EUA, desde abril de 2017, o Departamento de Comércio americano fez três recomendações, que poderão ser eleitas por Trump.

A primeira seria aplicar uma tarifa de 24% a todas as importações de aço. A segunda seria criar cotas que limitem o volume de produtos importados. A terceira, a mais temida pelo Brasil, seria fixar uma tarifa de 53% sobre o aço de 12 grandes fornecedores -o Brasil é o segundo país que mais vende produtos siderúrgicos aos EUA, atrás apenas do Canadá.

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Comitiva liderada pelo ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Jorge de Lima, desembarca em Washington neste fim de semana para conversas bilaterais com o secretário de comércio, Wilbur Ross, na próxima terça-feira (27).

O encontro já estava combinado, mas o Brasil inseriu o aço na agenda prioritária de negociação entre os dois países após a decisão do Departamento de Comércio, divulgada no último dia 16.

"Esperamos obter uma sinalização positiva por parte dos americanos. Esperamos que eles considerem excluir o Brasil, caso haja sanção", disse Jorge nesta sexta-feira (23) em Brasília.

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Executivos de siderúrgicas brasileiras também irão aos EUA, para atividades com representantes do setor privado americano, segundo o ministro, na tentativa de somar esforços a favor do produto brasileiro.

Jorge afirma que os empresários irão conversar principalmente com os produtores de carvão, importado pelo Brasil para a queima nas siderúrgicas.

O principal argumento brasileiro é que 80% da exportação aos EUA são produtos semimanufaturados, que sofrem novo processo de industrialização quando chegam ao país.

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Além disso, a produção local americana não daria conta de abastecer as siderúrgicas com esse tipo de aço, que é uma matéria-prima.

Outro argumento a ser observado na negociação é a relação comercial e de investimentos entre os dois países. A corrente de comércio, enfatizou Jorge, soma US$ 51 bilhões.

ANÁLISE POLÍTICA

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As alegações não são novas, uma vez que os investigadores americanos colheram informações com produtores e com o governo brasileiro no último ano.

A diferença, segundo Jorge, é que serão apreciados agora sob uma análise política, que leva em conta a relação entre os dois países, além das especificidades técnicas do setor siderúrgico.

"Não se trata de uma medida ortodoxa de comércio", afirmou o secretário de comércio exterior, Abrão Neto.

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O Brasil contesta na OMC (Organização Mundial do Comércio) medidas de proteção ao aço acionadas pelos EUA e, em 2016, abriu formalmente um processo (painel) contra o país.

O ministério observa, porém, que muitas siderúrgicas brasileiras se instalaram nos EUA, em investimentos que somam US$ 11 bilhões.

"O Brasil não oferece riscos ao mercado americano, somos parceiros estratégicos", afirmou.

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Além do aço, Brasil e EUA têm na agenda outros assuntos a tratar, como medidas de facilitação do comércio e padronização para registro de patentes industriais.

O Brasil exportou US$ 2,6 bilhões em produtos siderúrgicos aos EUA no ano passado. O governo ainda não sabe o impacto que a barreira poderia provocar no país ou no setor de aço. Porém, o mercado americano é um dos principais destinos de produtos industriais brasileiros no exterior.

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