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Tomate mantém alta e preços disparam, constata Conab

A análise feita por técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que o tomate apresentou altas significativas nas Centrais de Abastecimento em janeiro e pode pesar no orçamento dos brasileiros nos próximos meses. Os dados estão no 2º Bol

Da Redação

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Preço do tomate disparou nos supermercados e quitandas|: salada mais "salgada" - Foto: Sérgio Rodrigo
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Preço do tomate disparou nos supermercados e quitandas|: salada mais "salgada" - Foto: Sérgio Rodrigo
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.02.2018, 10:29:00 Editado em 22.02.2018, 10:40:20
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A análise feita por técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que o tomate apresentou altas significativas nas Centrais de Abastecimento em janeiro e pode pesar no orçamento dos brasileiros nos próximos meses. Os dados estão no 2º Boletim Hortigranjeiro, divulgado pela Conab nesta quinta-feira (22), que inclui os preços de diversas variedades de produtos e o consumo nas grandes cidades. As informações foram captadas em entreposto de oito estados brasileiros.

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De acordo com o boletim, o percentual de alta nas capitais chegou a 95,6% em Vitória, 83% em Belo Horizonte, 77,7% em Goiânia e 66,1% no Rio de Janeiro. Nos demais mercados, o percentual ficou na casa dos 33,8% em São Paulo, de 31,1% em Curitiba, de 39,8% em Recife e de 35,85% em Fortaleza.

Quem pode salvar as contas da feira é o mamão, que teve queda de preço e grande oferta em janeiro. “É esperado que nos próximos meses haja uma redução do volume plantado, em virtude do desestímulo de alguns produtores com a pouca rentabilidade, aliada à diminuição das floradas do período”, explica o gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, Erick Farias. “Verificamos preços menores principalmente no Rio de Janeiro, com baixa de 10,68”.

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A fruta também caiu de preço nos estados de SP (0,24%), ES (6,61%), PE (0,37%) e PR (8,95%). O mamão só apresentou leve alta nos mercados atacadistas de Minas Gerais (0,92%) e Ceará (8,45%). No estado de Goiás, a média foi mais alta, com aumento de 23,93% no preço.

O estudo aponta também que as exportações caíram cerca de 50%, algo próximo a 1,8 mil toneladas, enquanto que no mesmo período do ano passado atingiu 3,8 mil toneladas. Entre os motivos estão o desestímulo pelo preço, a má qualidade dos produtos devido a chuvas e menores canais de escoamento do produto sobretudo para a União Europeia.

No Paraná
O tomate, considerado vilão da inflação no ano passado, voltou e a assustar consumidores no Paraná com preço pressionado pelas condições de produção. De acordo com a Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), no campo, o valor da caixa de 30 quilos passou de R$ 55 para R$ 120, aumento de 118%. 

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Nas gôndolas de supermercados e quitandas de Apucarana, na região norte do Estado, onde está a maior área plantada do produto, o quilo do tomate tipo ‘saladete’, antes comercializado entre R$ 4,50 a R$ 5,99, está sendo vendido entre R$ 6,98 a R$ 7,99, um aumento de 44% no preço médio do produto.

Proprietário de quitanda Wiliam Kitagawa disse que o preço de outros produtos como a batata e a cebola também subiram. “Os produtores estão com dificuldades por causa do tempo de chuva”, comenta.Preços devem se estabilizar só dentro de três meses 

Questões climáticas influenciaram o aumento do preço
Engenheiro agrônomo da Emater de Califórnia, Romeu Suzuki confirma que questões climáticas influenciaram o aumento do preço. De acordo com ele, o período de chuvas tem prejudicado o cultivo do fruto a campo. 

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“Entre dezembro e janeiro tem muito plantio de tomate fora das estufas. Com o aumento das chuvas, os produtores estão com dificuldades de realizar a pulverização agrícola para acabar com as doenças”, esclarece. Sem o controle de pragas, o tomate começou a fugir o padrão de qualidade. 

Tomates manchados
“Produtores não estão conseguindo comercializar os tomates manchados e isso também ocasiona a falta do produto no mercado”, diz. O engenheiro frisa que neste período a região de Apucarana está sendo abastecida por plantações do Estado de Goiás. A previsão é que daqui a três ou quatro meses o mercado passe a ser abastecido por produtores da região, o que deve deixar o preço mais amigável.

Com informações da Conab

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