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Gasolina sobe quatro vezes mais que a inflação em um ano

Nos últimos doze meses, o consumidor tem se deparado com altas regulares em dois produtos essenciais no dia a dia: a gasolina e o gás de cozinha. Em novembro do ano passado, o combustível custava, em média, nos postos de Apucarana R$ 3,79. Atualmente, o v

Da Redação

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O preço médio da gasolina em Apucarana é de R$ 4,18 (Delair Garcia)
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O preço médio da gasolina em Apucarana é de R$ 4,18 (Delair Garcia)
Escrito por Da Redação
Publicado em 09.11.2017, 14:02:00 Editado em 09.11.2017, 14:06:16
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Nos últimos doze meses, o consumidor tem se deparado com altas regulares em dois produtos essenciais no dia a dia: a gasolina e o gás de cozinha. Em novembro do ano passado, o combustível custava, em média, nos postos de Apucarana R$ 3,79. Atualmente, o valor médio cobrado pelo litro da gasolina comum varia de R$ 4,17 a R$ 4,19, uma alta de 10,55%, o que representa quatro vezes mais que a inflação do período, que é de 2,54% (IPCA). Já os reajustes aplicados ao gás de cozinha, neste mesmo período, são ainda maiores: 25%.

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Nos postos de combustíveis, o consumidor reclama do preço cobrado nas bombas. Um exemplo é a operadora de caixa Valdirene Fernandes, de 39 anos. Ela usa o carro regularmente para trabalhar e também para pegar o filho na escola. “É um absurdo essas altas, porque o salário não sobe no mesmo ritmo”, reclama. Por mês, não tem jeito, Valdirene gasta mais de R$ 200 de combustível. 

Quem também não abre mão do carro é Ismael dos Santos. Mecânico e vendedor de máquinas de costura, ele usa todos os dias uma Kombi para trabalhar. “Preciso do veículo não só para trabalhar em Apucarana. Frequentemente, também viajo para cidades vizinhas”, diz.

Na avaliação de Santos, as altas frequentes prejudicam o orçamento. “Com esses reajustes, chego a desanimar, mas preciso trabalhar. Então, tenho que continuar abastecendo”, diz. O revendedor de tintas Waldir Piconi, 50, também tem que abastecer regularmente para continuar trabalhando. “Eu gasto cerca de R$ 40 por dia para trabalhar. Preciso ir para Londrina ou Maringá com frequência. Não tem como deixar de abastecer. O que fiz foi trocar de carro este ano. Peguei um modelo mais econômico”, diz.

Do outro lado das “bombas”, gerentes e proprietários garantem que não têm como segurar os reajustes, em especial após a mudança da tarifação pela Petrobras, que ocorreu em junho. A partir desta data, o preço do barril do petróleo segue a cotação da bolsa. O último reajuste, de 2,3%, foi anunciado na segunda-feira.


Para o gerente de uma rede de postos de combustíveis, de Apucarana, Orestes Bobeki, essa mudança foi extremamente negativa, pois o preço sofre alterações diárias. “Já o repasse ao consumidor é feito quando há um acumulado, mas sempre gera reclamações por parte dos clientes”, afirma.

Segundo ele, neste ano, a venda de combustíveis reduziu substancialmente. “Nossas vendas caíram mais de 30% nos últimos meses. As pessoas têm buscado alternativas. Usam carros mais econômicos ou até mesmo o transporte coletivo”, observa.
O sócio proprietário também de um posto de combustível da cidade, Wellington Kreb, também reclama dos aumentos diários nos preços dos combustíveis. “Nunca sabemos o valor que vamos pagar no litro da gasolina, o que é prejudicial”, afirma.

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GÁS 
O gás de cozinha também tem registrado aumentos seguidos. Em novembro de 2016, o botijão, de 13 quilos, custava, em média, R$ 60, em Apucarana. Nesta semana, as revendas estão cobrando, após a última alta na semana passada, R$ 75. Os reajustes são dez vezes superiores à inflação do período. O gás de cozinha começou a apresentar altas a partir de março, quando teve um reajuste de 9,8%. Dois meses depois, em junho, veio um novo aumento, de 6,7%. Já em julho (4,5%), agosto (6,9%), setembro (6,9%), outubro (12,9%) e, neste mês, 4,5%. 

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