SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Disney anunciou nesta terça-feira (8) que irá abandonar a Netflix e criar o seu próprio serviço de streaming.
A saída representará uma grande perda para o catálogo do serviço de vídeo sob demanda, já que a Disney, além de produtora de suas famosas animações, é detentora dos direitos de obras da Pixar, de longas de super-herói da Marvel, da nova franquia "Star Wars", entre outros.
Em comunicado, os estúdios chamam a atitude de "guinada estratégica" e dizem que passarão a prover conteúdo em sua plataforma de demanda a partir de 2019.
No catálogo brasileiro da Netflix, estão filmes como "Pocahontas", "Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra", "Toy Story 3", "Malévola" e "A Princesa e o Sapo".
Esses títulos deverão permanecer na plataforma, mas a rescisão valerá para lançamentos a partir de 2019, como o último episódio da nova trilogia de "Star Wars".
Os estúdios Disney querem lançar a plataforma com o quarto filme da franquia "Toy Story", a continuação de "Frozen" e a versão com atores de "O Rei Leão", todos previstos para estrear daqui a dois anos.
Segundo o site de tecnologia The Verge, a jogada da Disney é "natural", já que os estúdios ostentam uma vasta coleção de títulos e que seria esperado que buscasse uma forma de lucrar mais por meio do serviço de streaming.
A Disney também anunciou que criará um serviço sob demanda para conteúdo do canal a cabo ESPN. Ao menos nos EUA, a plataforma terá cerca de "10 mil horas de conteúdo ao vivo, regional, nacional e internacional por ano."
A tecnologia para prover o conteúdo sob demanda terá suporte tecnológico da BAM Tech, que também serve de plataforma para os serviços da HBO, por exemplo. A Disney é investidora majoritária na empresa de tecnologia.
Procurada pela reportagem, a Netflix informou que continuará a fazer negócios com a Disney "em muitas frentes", como nas séries da Marvel.
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