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Brasil deve ter maior crecimento desde 1986

O Brasil vai fechar 2010 com um crescimento de 7%, o maior já registrado desde 1986, inflação controlada e um Natal “feliz”, com R$ 100 bilhões injetados na economia por meio do 13º salário dos brasileiros. A afirmação é do ministro da Fazenda Guido Ma

Da Redação

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 Guido Mantega concedeu entrevista nos estúdios da Record, em São Paulo
Icone Camera Foto por Giselli Souza / R7
Guido Mantega concedeu entrevista nos estúdios da Record, em São Paulo
Escrito por Da Redação
Publicado em 31.08.2010, 08:14:00 Editado em 27.04.2020, 20:57:55
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O Brasil vai fechar 2010 com um crescimento de 7%, o maior já registrado desde 1986, inflação controlada e um Natal “feliz”, com R$ 100 bilhões injetados na economia por meio do 13º salário dos brasileiros. A afirmação é do ministro da Fazenda Guido Mantega que, nesta segunda-feira (30), visitou os estúdios da Rede Record de Televisão, em São Paulo, onde concedeu entrevistas aos jornalistas Fátima Turci, Paulo Henrique Amorim e ao R7.

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Apesar da freada no crescimento no segundo trimestre, que deve fechar avanço de até 1%, a economia brasileira está em um ritmo de “cruzeiro”, após a retirada dos estímulos fiscais, como a redução de impostos para o setor de veículos, segundo Mantega.

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No primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 2,7% sobre outubro a dezembro de 2009.

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Para o ministro, a economia do país deve manter uma trajetória de expansão até dezembro, puxada por investimentos em infraestrutura (construção de hidrelétricas e pontes) acima de R$ 120 bilhões.

- No segundo trimestre nós tivemos uma ressaca do primeiro, foi muito boa, porque nós ainda tínhamos os estímulos, a redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]. (...) Aí nós retiramos esses estímulos, o pessoal correu para comprar em março e depois disso parou um pouco [de comprar] e a atividade caiu. A partir de julho, a economia voltou a aquecer e nós devemos terminar o ano em 7%, perdendo apenas para a China e a Índia.

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A previsão que já havida sido feita por analistas de mercado responsáveis pelo boletim Focus, do Banco Central, coloca o Brasil entre as cinco maiores economias do mundo, segundo Mantega. O ministro, que afirma não desgrudar os olhos dos indicadores da China e dos Estados Unidos, afirma ainda que o crescimento sustentável do Brasil pode ser atribuído ao aumento da classe média, que ganhou quase 50 milhões de brasileiros – o equivalente ao total da população da França.

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- Nós colocamos 50 milhões de habitantes no mercado, que não tinham condições de comprar. Agora, eles já conseguem comprar carro, eletroeletrônico e agora a casa. Antes, era todo mundo classe E. Aquela coitada, que não tinha dinheiro pra nada, e agora está passando para a classe D e C. Se imaginar que a França tem quase 60 milhões de habitantes foi como colocar essa população toda na classe C.

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O aumento do emprego formal, que deve chegar a 2,5 milhões de novas vagas neste ano, também é apontado pelo ministro como responsável pelo crescimento acelerado. No entanto, para manter o crescimento “sustentável”, em torno de 5,5% e 6% nos próximos anos, Mantega aponta a necessidade de um fortalecimento do crédito – com o aumento dos empréstimos por parte dos bancos privados – e a expansão dos programas sociais.

O ministro defende o consumo em alta como forma de poupança e afirma que o financiamento da casa própria, em até 30 anos, pode ser considerado uma forma de poupança.

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- O que influencia a capacidade de poupança é a renda. Antes, o brasileiro gastava quase tudo que ganhava em itens básicos, como alimentação. Hoje, ele já consegue acumular renda e pagar um financiamento [...]. É uma armadilha pensar que o correto é todo mundo poupar.

Sobre a perspectiva de mudança em torno da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75%, Mantega desconversou e disse que a economia iria desacelerar mesmo se a taxa não fosse reajustada. No início do ano, a Selic estava em 8,75%, no menor patamar da história, e desde então já sofreu três altas consecutivas.

As entrevistas com o ministro Guido Mantega serão exibidas na íntegra no programa Economia e Negócios, da apresentadora Fátima Turci (hoje às 19h30), e Entrevista Record, do jornalista Paulo Henrique Amorim, nesta terça-feira, às 22h.

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