RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Após sexta-feira (28) de protestos violentos no Rio, manifestantes de sindicatos voltaram a se reunir na praça da Cinelândia, centro da cidade, na manhã desta segunda (1º).
O protesto no dia do Trabalho é uma tradição em cidades pelo mundo.
Neste ano, os manifestantes protestam contra as reformas do governo Michel Temer e a repressão policial ocorrida na última sexta.
Sindicalistas, servidores públicos e estudantes foram duramente reprimidos ao longo da sexta (28), marcado por bloqueios em diversos pontos da cidade. No fim da tarde, um ato em frente à Assembleia Legislativa do Rio foi reprimido com bombas de gás e de efeito moral. O conflito com grupos mais radicalizados, que respondiam com pedras fogos de artifícios e coquetel molotovs, escalou ao longo da noite.
Um comício marcado para as 17h daquele mesmo dia foi encerrado a bombas pela polícia. Em outro ponto do centro, no bairro boêmio da Lapa, ao menos nove ônibus foram incendiados.
O dia de marcha resultou em sete pessoas feridas, duas das quais permaneciam internadas até sábado (29).
Nesta segunda (1º), sindicalistas voltaram as ruas. O local onde na sexta (28) havia um palco e para onde foram atiradas bombas, nesta segunda (1º ) manifestantes dançam forró e agitam bandeiras de centrais sindicais, partidos de esquerda e do movimento estudantil.
Um carro de som toca música ao vivo e manifestantes gritam "Fora Temer".
A praça estava cheia, com pessoas ocupando as escadarias da Câmara dos Vereadores, do Teatro Municipal, a calçada da praça e os restaurantes no entorno. Organizadores ainda não estimaram público. A PM não faz estimativa de público no Rio.
O clima era tranquilo até por volta das 12h40, quando um militante em favor da volta da Monarquia bateu boca com manifestantes. O homem, que carregava uma bandeira brasileira do período colonial, foi retirado da manifestação com socos e empurrões.
Um grupo conseguiu conter os demais manifestantes para não darem seguimento as hostilidades.
A confusão não chegou a sair do controle e o protesto seguiu no centro.
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