SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O bilionário americano David Rockefeller, ex-presidente do Chase Manhattan Corp e patriarca de uma das mais famosas e influentes dinastias americanas, morreu nesta segunda-feira (20), aos 101 anos, informou um porta-voz da família.
Ele morreu em casa enquanto dormia em decorrência de falência cardíaca, informou Fraser Seitel, porta-voz, em comunicado.
David Rockefeller era filho de John D. Rockefeller Jr., que desenvolveu o Rockefeller Center, em Nova York. Ele era o último neto vivo do magnata do petróleo John D. Rockefeller, fundador da Standard Oil.
Ele também personificava uma era em que banqueiros importantes trabalhavam lado a lado de políticos mais relevantes ainda.
Durante seu período como presidente do Chase, de 1969 a 1981, ele forjou relações tão próximas com governos e multinacionais que observadores diziam que o banco tinha sua própria política externa.
O magnata se envolveu em um incidente internacional em 1979, quando ele e seu amigo de longa data Henry Kissinger ajudaram a convencer o presidente americano da época, Jimmy Carter, a admitir a visita do xá iraniano aos Estados Unidos para o tratamento de um linfoma, o que precipitou a crise de reféns americanos no Irã.
No episódio, 52 americanos foram mantidos reféns por 444 dias após militantes islâmicos tomarem a embaixada americana em Teerã em apoio à Revolução Islâmica.
Segundo estimativas de março deste ano, sua fortuna, investimentos imobiliários e outros patrimônios eram estimados em US$ 3,3 bilhões pela revista "Forbes". Rockefeller era um reconhecido filantropo em vida. Ele chegou a doar US$ 2 bilhões de seu patrimônio para organizações como o Museu de Arte Moderna de Nova York e a Universidade Rockefeller.
O Chase Manhattan foi comprado em 1996 pelo Chemical Bank of New York in 1996. Hoje, faz parte do JPMorgan Chase & Co.
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